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Política

- Publicada em 19 de Julho de 2017 às 18:38

PF aponta indícios de corrupção e favorecimento de empresa no TCU

A Polícia Federal (PF) apontou indícios de que o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, e o também ministro da Corte Aroldo Cedraz fariam parte de um esquema de corrupção para favorecer a empreiteira UTC em um processo relacionado às obras da usina de Angra 3 no Tribunal de Contas.
A Polícia Federal (PF) apontou indícios de que o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, e o também ministro da Corte Aroldo Cedraz fariam parte de um esquema de corrupção para favorecer a empreiteira UTC em um processo relacionado às obras da usina de Angra 3 no Tribunal de Contas.
Em relatório conclusivo sobre a investigação, a delegada Graziela Machado da Costa e Silva sustenta que as provas colhidas corroboram declarações de cinco delatores da Operação Lava Jato que mencionaram pagamento ao advogado Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, para que conseguisse influenciar o julgamento do caso.
O inquérito da PF lista documentos e mensagens que indicariam a atuação de Tiago em suposto tráfico de influência perante ministros do tribunal entre 2012 e 2014. Para a PF, não havia diferença entre as atividades de Aroldo Cedraz e seu filho, Tiago, que se valeria "do poder do pai e das suas relações no TCU" para viabilizar interesses.
As conclusões foram enviadas à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre eventual denúncia contra Carreiro, Aroldo e Tiago Cedraz.
O presidente do TCU informou, por meio de nota, que o inquérito da PF sobre o caso UTC foi aberto há cerca de dois anos e, imediatamente, "no intuito de colaborar com as investigações", quebrou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, prestando os esclarecimentos solicitados.
O ministro afirmou que, quando o relatório da PF foi concluído, preparou um memorial e o entregou à PGR. Oportunamente, disse Carreiro, o documento será entregue ao Supremo Tribunal Federal.
"Aguardo com muita serenidade o resultado das investigações pelo Ministério Público e pelo Supremo Tribunal Federal, com a certeza de que tudo será esclarecido, pois, da leitura do relatório, concluo que, se houve irregularidades na licitação de Angra 3, estas ocorreram fora da esfera do TCU", afirmou.
O ministro do TCU Aroldo Cedraz, em nota de sua assessoria, reiterou "sua total isenção, já demonstrada ao longo de 11 anos de atuação como magistrado". "Suas ações sempre se pautaram pela ética, lisura e respeito aos princípios republicanos. Caso seja instado a prestar esclarecimentos, ele o fará no âmbito do devido processo legal", disse o comunicado.
 
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