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Servidores da Corag não aceitam acordo proposto pelo governo
Corag é um dos órgãos cuja extinção foi autorizada a partir do pacote de reestruturação do Estado
JONATHAN HECKLER/JC
Bruna Suptitz
Terminou sem acordo a reunião de negociação entre os servidores da Companhia Riograndense de Artes Gráfica (Corag) e o governo do Estado, realizada ontem na 9ª Vara do Trabalho em Porto Alegre. A medida atende liminar obtida pela companhia na Justiça, que prevê negociação com o sindicato que representa a categoria antes da demissão em massa dos servidores. A Corag é um dos órgãos cuja extinção foi autorizada pela Assembleia Legislativa a partir do pacote de reestruturação do Estado proposto pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) no fim do ano passado.
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Terminou sem acordo a reunião de negociação entre os servidores da Companhia Riograndense de Artes Gráfica (Corag) e o governo do Estado, realizada ontem na 9ª Vara do Trabalho em Porto Alegre. A medida atende liminar obtida pela companhia na Justiça, que prevê negociação com o sindicato que representa a categoria antes da demissão em massa dos servidores. A Corag é um dos órgãos cuja extinção foi autorizada pela Assembleia Legislativa a partir do pacote de reestruturação do Estado proposto pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) no fim do ano passado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Porto Alegre (Stigpoa), Francisco Lázaro Peixoto da Silva, aceitar a proposta "seria um contrassenso", pois o Executivo apresentou os mesmos termos de desligamento já previstos na lei de extinção da Corag. De acordo com informação divulgada no site do governo, a Procuradoria-Geral do Estado teria apresentado "proposta de conciliação judicial com diversos cenários financeiros contemplando o total dos benefícios concedidos pela lei", o que equivale a 10% da receita operacional anual da companhia.
Outros órgãos também têm realizado negociações prévias às demissões no âmbito da Justiça do Trabalho. Nessa fase, como o governo não apresentou dados solicitados pelos sindicatos que justifique as extinções, foi solicitada mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). No mês passado foi realizada a primeira audiência, entre o governo do Estado e a Fundação Piratini. Na ocasião, o desembargador João Pedro Silvestrin determinou que o Executivo forneça dados que justifiquem o interesse em extinguir as entidades e também decidiu que a discussão sobre o destino dos órgãos e dos servidores seja feita em conjunto.