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Política

- Publicada em 13 de Julho de 2017 às 17:54

Comissão da Câmara rejeita abertura de investigação contra Temer

Reunião para discussão do parecer do relator da denúncia contra Temer CCJ Câmara

Reunião para discussão do parecer do relator da denúncia contra Temer CCJ Câmara


Cleia Viana/Câmara dos Deputados/Divulgação/JC
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) rejeitou por 40 a 25 votos e uma abstenção o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava a autorização da Câmara dos Deputados para que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue a denúncia de corrupção passiva contra o presidente da República, Michel Temer. A denúncia foi feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) rejeitou por 40 a 25 votos e uma abstenção o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava a autorização da Câmara dos Deputados para que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue a denúncia de corrupção passiva contra o presidente da República, Michel Temer. A denúncia foi feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A vitória foi garantida com uma série de trocas de membros, realizada pelo Palácio do Planalto. No total, foram 25 movimentações desde o dia 26 de junho, sendo 14 vagas de titulares alteradas. As mudanças provocaram críticas da oposição, que levou o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF), mas a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, rejeitou um mandado de segurança impetrado por um grupo de seis parlamentares que pretendia restaurar a composição prévia da CCJ.
Com o resultado, o presidente da CCJ teve de escolher um novo relator e decidiu pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). O tucano lerá seu parecer em plenário ainda nesta quinta-feira, para, em seguida, os deputados votarem novamente.
Antes da votação ser realizada, o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), argumentou que o pedido da PGR significava também o afastamento do presidente da República. "A legislação de ocasião é nociva para o País; estamos aqui para defender o País". disse. A votação foi realizada após dois dias de sessão de debates e 78 discursos no plenário da CCJ, que somaram mais de 18 horas de discussão. A maioria dos discursos foi de deputados defendendo a admissibilidade da denúncia.
"A denúncia mostra que o presidente se meteu em enrascada", disse o petista Wadih Damous (RJ). O deputado disse que a denúncia da PGR não veio "contaminada" e que a população merece conhecer a verdade. "O povo brasileiro exige de nós que essa denúncia seja acatada", reforçou.
Pelo bloco governista, defenderam o presidente Michel Temer os deputados Carlos Marun (PMDB-MS) e Alceu Moreira (PMDB-RS). Em seu discurso, Moreira disse que admitir a denúncia seria "jogar um país no fosso do futuro sem saber quais são as consequências, apenas porque o presidente recebeu alguém fora da agenda". "É ruim com ele, é muito pior sem ele", pregou.
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