O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) foi transferido, no início da tarde de ontem, para o presídio da Papuda, no Distrito Federal. Ele foi preso nesta segunda-feira, na Bahia, e chegou em Brasília por volta de meia-noite.
O peemedebista cumpre prisão preventiva, que não tem prazo de duração, determinada pela Justiça Federal do DF. Entre outros elementos, Geddel é acusado de tentar pressionar o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o operador Lúcio Funaro a se calarem - os dois estão presos desde o ano passado.
O pedido de prisão foi feito pela Polícia Federal (PF) após depoimento de Funaro. Ele contou que o ex-ministro sondava frequentemente sua mulher sobre seu "estado de ânimo" de delatar. O operador entregou à PF registros de chamadas telefônicas para provar o que disse.
Geddel é alvo da Operação Cui Bono, que investiga sua gestão na vice-presidência de pessoa jurídica na Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013.
O inquérito foi aberto a partir de elementos colhidos em um antigo celular de Cunha (PMDB-RJ). A defesa do ex-ministro chamou a prisão de "absolutamente desnecessária".