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Opinião

- Publicada em 03 de Julho de 2017 às 17:14

O desafio de combater o avanço da criminalidade

Está certo que os péssimos exemplos mostrados, semanalmente, pela mídia não apenas desanimam a sociedade como, em contrapartida, "animam" os delinquentes que estão à espreita para a prática de diversos crimes. Pode parecer teoria simplista, mas se a pessoa desajustada só ouve que altas autoridades da nação estão se locupletando com o erário que é dos brasileiros, fica tentada a se manter ou a iniciar na senda do crime, nas mais diversas modalidades.
Está certo que os péssimos exemplos mostrados, semanalmente, pela mídia não apenas desanimam a sociedade como, em contrapartida, "animam" os delinquentes que estão à espreita para a prática de diversos crimes. Pode parecer teoria simplista, mas se a pessoa desajustada só ouve que altas autoridades da nação estão se locupletando com o erário que é dos brasileiros, fica tentada a se manter ou a iniciar na senda do crime, nas mais diversas modalidades.
Essa tem sido a desgraça do Brasil, infelizmente. Pessoas que têm viajado para o exterior voltam encantadas com a limpeza e o baixíssimo índice de criminalidade em cidades, por exemplo, do Canadá. Sentem--se seguras em Toronto, Montreal, Québec e Ottawa, sabendo que há baixíssimo índice de assassinatos naquele país, menos de 100 por ano, contra os cerca de 60 mil no Brasil, uma tragédia psicossocial insuportável.
Mas isso não foi obtido por decreto oficial. É um trabalho desde a base, começando na infância, com muita educação, todo um processo cultural, com exemplos e normas rígidas que fazem com que os cidadãos obedeçam os princípios mais comezinhos de educação, seja nas ruas, nas escolas, nos meios de transporte. Aí, a urbanidade social é uma regra geral.
A insegurança real e não mais apenas a tal de "sensação de insegurança" faz com que as ruas de Porto Alegre fiquem vazias no início da noite, quando, até cerca de 15 anos atrás, passear era o normal. Sem falar naquilo que já foi repetido sobre décadas passadas, quando ir ao Centro, percorrer a Rua da Praia para ver vitrines de lojas era programa quase obrigatório nas noites de sábado, especialmente quando do tempo mais quente.
Mas isso passou, ficou na lembrança, na mente dos mais velhos, pode-se dizer, quem sabe, apenas saudosismo piegas de algo que jamais voltará. Agora, seria bom se Porto Alegre recuperasse pelo menos 50% da segurança que tinha até alguns anos. Seria bom demais.
Por isso e felizmente, teremos, em breve, cerca de 300 novos policiais militares trabalhando nas ruas. Porém, não podemos nos enganar, segurança é a soma de muitos fatores, não apenas ter um guarda em cada esquina.
Educar, ensinar o que é certo ou errado, dar limites às crianças, orientar, apontar bons exemplos, não jogar detritos nas sarjetas, ser cuidadoso no trânsito, obedecer as leis em geral, das mais simples às mais rigorosas, isso é o que mudará a nossa sociedade para melhor.
Criando gerações em um modelo cultural assim, aí teremos do que nos orgulhar e não apenas ficar citando o Canadá, a Suécia ou outros países que, realmente, estão mais adiantados, no quesito convívio social educado. Mas não apenas a repressão policial para diminuir a criminalidade.
Governadores, secretários estaduais e prefeitos têm discutido o planejamento de ações conjuntas de combate ao crime. O entendimento é fundamental, para que a boa intenção, como em várias vezes no passado, não se perca pelo caminho. É um primeiro passo de entendimento, cujo objetivo é chegar a um verdadeiro pacto nacional de combate à violência, que virá tardiamente, mas virá.
De outra parte, também é fundamental manter acordos com países vizinhos ao Brasil para fiscalizar as fronteiras, coibindo o tráfico de drogas, que só tem aumentado, de armas e até produtos falsificados vindos da Ásia e que vão atulhar as calçadas do nosso degradado Centro Histórico, tão bonito, mas sujo, pichado sistematicamente. Enfim, só uma nova cultura nos trará a segurança tão desejada por todos.
 
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