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Internacional

- Publicada em 27 de Julho de 2017 às 22:36

Famílias de diplomatas têm de deixar a Venezuela, diz EUA

Agência Estado
Os Estados Unidos ordenaram na noite desta quinta-feira que os familiares de diplomatas do país deixem Caracas diante do aumento da violência antes da votação para uma nova Assembleia Constituinte, que ocorre no domingo. Ao mesmo tempo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, terminou a campanha afirmando mais uma vez que os americanos tentam interferir em assuntos domésticos, mas abriu a possibilidade de diálogo com a oposição.
Os Estados Unidos ordenaram na noite desta quinta-feira que os familiares de diplomatas do país deixem Caracas diante do aumento da violência antes da votação para uma nova Assembleia Constituinte, que ocorre no domingo. Ao mesmo tempo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, terminou a campanha afirmando mais uma vez que os americanos tentam interferir em assuntos domésticos, mas abriu a possibilidade de diálogo com a oposição.
Ao fazer a determinação, o Departamento de Estado americano citou o aumento dos crimes e a falta de alimentos e medicamentos do país. O órgão permitiu também que os trabalhadores do governo dos Estados Unidos abandonem a embaixada em Caracas. Os que optarem por ficar terão as atividades limitadas. A circular pede ainda que os cidadãos americanos não façam viagens para a Venezuela.
A determinação do Departamento de Estado ocorre três dias antes da votação para formação de uma nova Assembleia Constituinte, proposta pelo governo Maduro.
Os Estados Unidos pediram que Maduro cancele a votação e ameaçam ampliar ainda mais as sanções contra a Venezuela. Nesta semana, o Departamento do Tesouro americano impôs restrições contra 13 autoridades e ex-autoridades venezuelanas.
A oposição diz que as regras eleitorais são manipuladas para fortalecer o poder do governo. Já Maduro acusa os Estados Unidos, a Colômbia e os demais países da Organização dos Estados Americanos (OEA) de tentar interferir em assuntos da Venezuela.
Na Venezuela, a quinta-feira foi marcada pelo segundo dia de paralisação liderada pela oposição. Houve protestos em Caracas e nos municípios de Maracaibo, Valencia, Barquisimeto e Maracay. Centenas de comércios fecharam as portas e as pessoas foram para as ruas para protestar contra a Constituinte.
A oposição alega que mais de 90% dos serviços das principais cidades da Venezuela foram afetados pela paralisação. O governo Maduro, no entanto, diz que os números são inflados.
No comício de encerramento da campanha, Maduro disse que a população da Venezuela vai mostrar "ao imperador Donald Trump que ele não manda no país" e assegurou que a votação pela a nova Assembleia Constituinte será vitoriosa para o governo. "Vamos dar uma lição contra o imperialismo", disse.
Maduro disse também que está disposto a abrir uma mesa de diálogo com a oposição se os líderes revoltosos abandonarem "o caminho da insurreição".
O Ministério do Interior da Venezuela suspendeu as manifestações públicas até domingo e prevê que pode prender quem "perturbar" a votação. A oposição prevê novos protestos nesta sexta-feira.
Ao menos 102 pessoas, a maior parte delas jovens, morreram nos violentos protestos que ocorreram na Venezuela nos últimos meses.
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