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Internacional

- Publicada em 26 de Julho de 2017 às 14:47

Opositores dão início a greve geral de 48 horas na Venezuela

Algumas vias de Caracas amanheceram bloqueadas por manifestantes

Algumas vias de Caracas amanheceram bloqueadas por manifestantes


RONALDO SCHEMIDT/RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
Adversários do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, iniciaram às 6h (7h em Brasília) de ontem uma greve geral de 48 horas para pressionar o governo contra a convocação da Assembleia Constituinte, cujos membros serão escolhidos em votação no domingo. Algumas vias de Caracas e de outras cidades do país amanheceram bloqueadas.
Adversários do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, iniciaram às 6h (7h em Brasília) de ontem uma greve geral de 48 horas para pressionar o governo contra a convocação da Assembleia Constituinte, cujos membros serão escolhidos em votação no domingo. Algumas vias de Caracas e de outras cidades do país amanheceram bloqueadas.
A greve geral é a maior iniciativa contra o governo desde o plebiscito informal organizado no dia 16, no qual 7,5 milhões de venezuelanos expressaram rechaço à Constituinte, segundo a oposição. Para os adversários, a Constituinte é uma tentativa de Maduro se manter no poder, apesar dos baixos índices de popularidade.
"Eu os convido a não serem cúmplices da aniquilação da República, de uma fraude constitucional, da repressão", afirmou, em vídeo, o líder opositor Leopoldo López, em prisão domiciliar desde 8 de julho, depois de passar três anos e cinco meses na prisão acusado de incitar protestos violentos.
Maduro enfrenta uma onda de saques e protestos que já deixou mais de 100 mortos desde abril. A convocação da Constituinte, feita em maio, foi apresentada pelo líder chavista como uma saída para "pacificar" o país, mas a iniciativa acabou gerando novas manifestações. 
Na terça-feira, o presidente pediu em comício pela Constituinte que os eleitores apresentem na votação seu "carnê da pátria", espécie de identidade digital que dá aos beneficiários de programas sociais acesso a alimentos, cujo abastecimento vem sofrendo cortes no país.
"Carnê da pátria na mão, todo mundo com seu carnê da pátria e sua identidade. Na porta das seções eleitorais, vamos checar todos os carnês, para saber se todos votaram", afirmou Maduro. A oposição diz que a exigência de apresentação do cartão é um mecanismo de controle social com objetivos políticos.
Ontem, o regime de Cuba negou que pretenda mediar a crise política na Venezuela. No início do mês, o jornal Financial Times reportou que o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, viajou a Havana para pedir a Raúl Castro, um dos principais aliados de Maduro, que intercedesse para conter a violência no país.
Em reunião do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizada ontem, 13 países - Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru - pediram que Maduro suspenda a votação para a Assembleia Constituinte. As nações consideram que o processo em curso pelo governo venezuelano se equivale a um "desmantelamento definitivo" da institucionalidade democrática.
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