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Internacional

- Publicada em 25 de Julho de 2017 às 15:55

Mais dois juízes nomeados são presos na Venezuela

Agentes do Serviço Secreto Venezuelano (Sebin) detiveram ontem mais dois juízes nomeados pela Assembleia Nacional para substituir os atuais integrantes do Tribunal Supremo da Justiça (TSJ). Os magistrados Jesus Rojas e Zuleima González foram detidos no estado de Anzoátegui. No sábado, Ángel Zerpa Aponte já havia sido preso pelo serviço de inteligência.
Agentes do Serviço Secreto Venezuelano (Sebin) detiveram ontem mais dois juízes nomeados pela Assembleia Nacional para substituir os atuais integrantes do Tribunal Supremo da Justiça (TSJ). Os magistrados Jesus Rojas e Zuleima González foram detidos no estado de Anzoátegui. No sábado, Ángel Zerpa Aponte já havia sido preso pelo serviço de inteligência.
Os juízes fazem parte do grupo de 33 magistrados apontados pela oposição para compor o TSJ como gesto de protesto contra a Assembleia Constituinte, convocada por Nicolás Maduro para o próximo domingo. A nomeação não é reconhecida pelo tribunal, que já havia ameaçado prender os indicados "a fim de manter a paz e a estabilidade". A medida é parte dos planos da oposição de formar um governo paralelo em Caracas.
No domingo, Maduro afirmou todos os juízes eleitos pela oposição "vão para a cadeia" e "terão seus bens e contas congelados". O TSJ advertiu ainda que a nomeação de uma nova corte configurava um delito de "usurpação de funções" e "traição à pátria", punível com prisão. As detenções aumentam a tensão em meio aos protestos que acontecem na Venezuela quase diariamente desde abril. Ao menos 97 pessoas já morreram durante os conflitos com a polícia.
A Fedecamaras, principal associação empresarial da Venezuela, endossou os protestos contra a Constituinte e cobrou ontem que o governo Maduro desista da polêmica eleição. A entidade disse que a Assembleia Constituinte é "inconstitucional e desnecessária", e não representa um caminho para o fim da crise. "Nós exigimos que o Executivo abandone sua intenção de impor uma nova Constituição", disse a associação em comunicado.
Apesar das manifestações, Maduro afirma que manterá a votação e rebate os críticos. Segundo ele, os opositores da Constituinte não têm os interesses da Venezuela em primeiro lugar.
A oposição afirma que a medida representa um ato ditatorial. Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor sanções econômicas se a Constituinte for confirmada.
 
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