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Internacional

- Publicada em 20 de Julho de 2017 às 16:02

Casos de Aids tiveram aumento de 3% no Brasil, alerta ONU

O número absoluto de novos casos de Aids aumentou no Brasil, em tendência contrária ao que se registra na média mundial. De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) com a função de criar soluções e ajudar nações no combate ao vírus, o total de novas infecções a cada ano no País subiu 3% entre 2010 e o ano passado. No mundo, essa taxa sofreu contração de 11%.
O número absoluto de novos casos de Aids aumentou no Brasil, em tendência contrária ao que se registra na média mundial. De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) com a função de criar soluções e ajudar nações no combate ao vírus, o total de novas infecções a cada ano no País subiu 3% entre 2010 e o ano passado. No mundo, essa taxa sofreu contração de 11%.
A elevação é considerada pequena, passando de 47 mil novos casos em 2010 para 48 mil em 2016. Questionado, o Ministério da Saúde alegou que o fato de o Brasil ter uma grande população causa distorções na análise, portanto teria sido melhor utilizar taxas de detecção da infecção, obtidas pela divisão do número de casos pelo número de habitantes. "Assim, os dados epidemiológicos indicariam a estabilização da epidemia, com viés de queda", argumenta o ministério.
Em geral, o número de mortes relacionadas com a Aids na América Latina diminuiu em 12% no período. No ano 2000, morreram, na região, cerca de 43 mil pessoas. Já em 2016, esse número caiu para 36 mil, um declínio a partir do aumento da disponibilidade de tratamentos antirretrovirais.
Este "progresso significativo" é impulsionado pela redução das mortes relacionadas com a Aids no Peru (62% entre 2000 e 2016), em Honduras (58%) e na Colômbia (45%). O número de portadores de HIV na América Latina totalizou 1,8 milhão, e as novas infecções seguem estáveis desde 2010, com quase 100 mil casos por ano.
O Unaids revelou que a quantidade de soropositivos com acesso a tratamentos antirretrovirais quase dobrou em seis anos (58%), passando de 511.700 pessoas em 2010 para 1 milhão em 2016, o que coloca a região acima da média mundial (53%).
O órgão advertiu, no entanto, que "alguns países têm dificuldades em implementar seus programas" de medicação, como a Bolívia, onde apenas 25% das pessoas têm acesso ao tratamento, e o Paraguai, com 35%. Na Venezuela, a crise econômica provocou a escassez "de muitos medicamentos essenciais, especialmente os antirretrovirais", acrescentou.
Na Bolívia, no Uruguai, no Paraguai e na Guatemala, a mortalidade por HIV aumentou. No entanto, nos dois primeiros, os números reduziram nos últimos anos. Um dos problemas na América Latina é o elevado custo do tratamento, segundo o Unaids, que elogiou as "licenças obrigatórias" promovidas pelo Brasil e pelo Equador, que permitem reproduzir um medicamento patenteado se não for para uso comercial.
O HIV, classificado como ameaça para a saúde pública pela ONU, afeta um total de 36,7 milhões de pessoas em todo o planeta, e, desde a sua descoberta, em 1981, provocou 36 milhões de mortes.
 
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