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Internacional

- Publicada em 16 de Julho de 2017 às 16:58

Milhares votam em plebiscito simbólico contra Nicolás Maduro

População respondeu se rejeita a criação de uma Assembleia Constituinte

População respondeu se rejeita a criação de uma Assembleia Constituinte


RONALDO SCHEMIDT/RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
Milhares de venezuelanos compareceram às urnas ontem para votar em um plebiscito simbólico que pretende deixar clara a insatisfação popular com o governo do presidente Nicolás Maduro. Os eleitores, muitos vestidos de branco ou com acessórios nas cores da bandeira nacional, procuraram, desde cedo, as mesas instaladas pela coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) em todo o país.
Milhares de venezuelanos compareceram às urnas ontem para votar em um plebiscito simbólico que pretende deixar clara a insatisfação popular com o governo do presidente Nicolás Maduro. Os eleitores, muitos vestidos de branco ou com acessórios nas cores da bandeira nacional, procuraram, desde cedo, as mesas instaladas pela coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) em todo o país.
A votação começou às 7h no horário local (8h em Brasília). Foram montados 14.300 pontos para receber votos na Venezuela e mais 500 em outros países, incluindo o Brasil. Os eleitores precisam responder se rejeitam a criação de uma Assembleia Constituinte, convocada por Maduro em maio. A votação também pergunta se o cidadão aprova a realização de novas eleições e se concorda que o Exército e os funcionários públicos devem ser obrigados a defender e seguir a constituição atual.
"Liberdade", gritaram alguns nos centros de votação. "Estou manifestando meu descontentamento com o governo. Não conseguimos remédios, cada vez temos menos comida em casa. E eles só querem seguir no poder. Votamos para retirá-los", disse Tibisay Méndez, 49 anos, em um ponto de votação no Sudeste de Caracas. A Venezuela vive uma forte onda de protestos que deixaram 95 mortos desde o dia 1 de abril. O país enfrenta uma das piores crises econômicas de sua história, que gera escassez severa de produtos e inflação de três dígitos.
A oposição esperava que o comparecimento fosse maciço para exigir que Maduro convoque eleições presidenciais antes do fim de seu mandato, no início de 2019. "Se, no domingo, saírem 11 milhões de venezuelanos, na segunda-feira, passaremos a uma etapa de mais pressão. A hora zero depende da contundência deste 16 de julho. As próximas horas são decisivas", disse o líder oposicionista Henrique Capriles. "Se uma imensa maioria se manifestar, na segunda-feira amanhecerá uma nova Venezuela. Daremos uma mensagem muito clara, e o governo terá que respeitar esta decisão", acrescentou Capriles, duas vezes candidato à presidência.
A oposição afirmou que duas pessoas foram mortas a tiros e quatro ficaram feridas durante a consulta popular. Carlos Ocariz, porta-voz da coalizão oposicionista União Democrática, afirmou que atiradores "paramilitares" apareceram durante a tarde no bairro de Catia, em Caracas, onde milhares de pessoas participavam de um evento de oposição ao governo. "Aparentemente, duas pessoas foram mortas", afirmou Ocariz.
Analistas calcularam que o comparecimento pode ficar em torno de 10 milhões de pessoas. Nas últimas eleições parlamentares, em 2015, 7,7 milhões votaram na oposição e permitiram que ela rompesse a supremacia chavista no Congresso.
 
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