O ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, afirmou ontem que o país, junto com Bahrein, Emirados Árabes e Egito, manterá o boicote ao Catar. Mais cedo, o governo catariano voltara a classificar de "irrealista" e "não acionável" uma lista de reivindicações apresentada pelos vizinhos para acabar com a crise diplomática no Golfo Pérsico.
Em junho, os quatro aliados árabes apresentaram a lista de exigências ao Catar, com quem romperam relações diplomáticas acusando o país de financiar o terrorismo. Entre os pedidos estão o fim das relações com o Irã, o encerramento da Al Jazeera e o fechamento de uma base militar que a Turquia mantém no país. O reino, que nega as acusações de apoio ao terrorismo, pediu diálogo para resolver a crise.
"A lista não trata de terrorismo, mas sim de acabar com a liberdade de expressão", disse o chanceler do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, segundo a emissora Al Jazeera.
Na terça-feira, o Catar havia respondido às exigências em uma mensagem enviada ao Kwait, país que atua como mediador na crise. Arábia Saudita e aliados lamentaram o posicionamento da nação vizinha. Representantes dos países se reuniram no Cairo para decidir os próximos passos em relação a Doha.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, sobre a questão diplomática. A bordo do Air Force One, durante viagem para a Polônia, ele ligou para Sissi e pediu que "todas as partes negociem de forma construtiva para resolver a disputa" com o Catar e para "parar o financiamento do terrorismo e desacreditar a ideologia extremista".