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Internacional

- Publicada em 05 de Julho de 2017 às 15:16

Grupos chavistas invadem Congresso

Militantes entraram no local de forma violenta, agrediram deputados e intimidaram jornalistas

Militantes entraram no local de forma violenta, agrediram deputados e intimidaram jornalistas


JUAN BARRETO/JUAN BARRETO/AFP/JC
Ao discursar ontem durante os desfiles pelos 206 anos do ato de independência da Venezuela da Espanha, o presidente Nicolás Maduro afirmou que "o destino do país não é outro a não ser a independência absoluta". A fala de Maduro foi proferida no mesmo dia em que partidários de seu governo e integrantes de milícias chavistas conhecidas como "colectivos" invadiram a Assembleia Nacional e agrediram deputados oposicionistas.
Ao discursar ontem durante os desfiles pelos 206 anos do ato de independência da Venezuela da Espanha, o presidente Nicolás Maduro afirmou que "o destino do país não é outro a não ser a independência absoluta". A fala de Maduro foi proferida no mesmo dia em que partidários de seu governo e integrantes de milícias chavistas conhecidas como "colectivos" invadiram a Assembleia Nacional e agrediram deputados oposicionistas.
Maduro condenou a violência no Congresso e disse ter ordenado uma investigação sobre o episódio para que "se faça justiça". No entanto, culpou a oposição pela escalada do enfrentamento. "Eu condeno absolutamente esses acontecimentos, até onde os conheço. Nunca serei cúmplice de nenhum ato de violência", afirmou.
A imprensa local relatou que os militantes entraram na Assembleia de forma violenta por volta das 12h (13h em Brasília), agrediram deputados e intimidaram jornalistas. Ao menos cinco parlamentares da oposição e sete funcionários ficaram feridos. Antes disso, o grupo se concentrou em frente ao local e atirou rojões. Segundo relatos de opositores, a polícia não interveio para impedir a invasão.
Durante a manhã, o vice-presidente venezuelano, Tareck el-Aissami, havia convocado a população a se reunir na Assembleia Nacional para protestar contra a maioria opositora, que classificou de "traidora". A invasão ocorreu enquanto os deputados realizavam uma sessão para celebrar o Dia da Independência.
No ano passado, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou que o Legislativo age em "desacato" à Constituição, e suas decisões não são reconhecidas devido à posse de três deputados cuja eleição foi anulada por indícios de fraude.
No final de março, o TSJ emitiu decisões que suspendiam a imunidade parlamentar e transferiam para a Justiça o poder de legislar. As medidas, revertidas poucos dias depois, foram o estopim da atual onda de protestos contra o governo Maduro, que já deixou mais de 80 mortos.
 
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