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Geral

- Publicada em 29 de Julho de 2017 às 10:17

Morre o flautista Plauto Cruz

Plauto é considerado um dos maiores instrumentistas da música gaúcha e brasileira

Plauto é considerado um dos maiores instrumentistas da música gaúcha e brasileira


ACHUTTI/DIVULGAÇÃO/JC
O Rio Grande do Sul perdeu um dos seus maiores instrumentistas, o flautista Plauto Cruz. O músico morreu nessa sexta-feira (28), aos 87 anos. Ele estava internado no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, devido ao agravamento das condições de sua saúde. Plauto tinha Mal de Parkinson e Alzheimer. O velório do corpo do artista e enterro ocorrem no Cemitério Jardim da Paz neste sábado (29).
O Rio Grande do Sul perdeu um dos seus maiores instrumentistas, o flautista Plauto Cruz. O músico morreu nessa sexta-feira (28), aos 87 anos. Ele estava internado no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, devido ao agravamento das condições de sua saúde. Plauto tinha Mal de Parkinson e Alzheimer. O velório do corpo do artista e enterro ocorrem no Cemitério Jardim da Paz neste sábado (29).
Natural de São Jerônimo, onde nasceu em 15 de novembro de 1929, o músico mostrou seu talento desde a infância e sofreu muito influência de seu pai, o também flautista José Alves da Cruz. Depois que Plauto se mudou para a capital gaúcha, suas qualidades no comando do instrumento ganharam popularidade, com apresentações em programas de rádio, ao lado de outros ícones na música gaúcha e brasileira, Lupicínio Rodrigues, Orlando Silva e Elis Regina em emissoras como Clube Metrópole, Itaí, Farroupilha, Gaúcha e Difusora.
Ele fez parte do espetáculo O choro é livre, no Theatro São Pedro, ao lado do flautista Altamiro Carrilho. Em 1974, recebeu o prêmio de Melhor instrumentista da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, um dos festivais mais importantes do Rio Grande do Sul, defendendo a música Canto de morte de Gaudêncio Sete Luas, de Luiz Coronel e Marco Aurélio Vasconcelos, vencedora do festival, informa o site do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.  
Em 1977, ele venceria o segundo lugar no Festival Brasileirinho, da TV Bandeirantes, com o choro Meu pensamento, com Jessé Silva. Plauto gravou seis LPs e dois CDs como solista e mais de 40 discos como acompanhador. Foi o arranjador da música Maria-fumaça, da dupla Kleiton e Kledir. Ganhou vários prêmios em festivais nos quais participou como flautista e compositor.
Em 2012, um vídeo feito por alunos do curso de Jornalismo da Unisinos traz depoimentos de amigos e músicos sobre a obra do flautista. Intitulado O choro é livre, o documentário fala da trajetória do músico e sua contribuição para o choro, um dos dos estilos musicais mais autênticos e ricos da música brasileira, identificado como primeiro estilo urbano.
Plauto é entrevistado e relembra momentos ao lado de Elis Regina. Para mais jovens que seguem a trajetória dele, o músico mandou um recado: "Para frente é que se anda, para trás não". 
A cantora Maria Helena Andrade diz que o flautista é uma lenda. "O Plauto representa tudo que se possa imaginar em termos de talento e criatividade, de emoção", resume Maria Helena. "O Plauto consegue passar tudo através das notas musicais." O músico Paulinho Parada diz que uma das lições que aprendeu com o flautista foi que "na vida tem de viver fazendo amigos".  
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