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Geral

- Publicada em 26 de Julho de 2017 às 22:22

Brigada Militar quer contratar temporários para atuar na área de saúde mental

Denise é uma das três únicas servidoras de saúde mental em todo o Estado

Denise é uma das três únicas servidoras de saúde mental em todo o Estado


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
Com falta de profissionais na área de saúde mental para atender uma das profissões mais estressantes do mundo - relacionada à área de segurança -, o Comando Geral da Brigada Militar tem procurado soluções para que o atendimento a policiais militares (PMs) não fique prejudicado. Vinte e dois profissionais de psicologia, psiquiatria e assistência social atendem os 19 mil brigadianos do Estado inteiro. Para sanar essa dificuldade, a corporação trabalha na elaboração de um projeto de lei para contratar oficiais temporários para saúde e saúde mental. "Está em análise final. Esperamos que, ainda neste semestre, consigamos encaminhar o projeto para a Assembleia Legislativa", estima o comandante-geral da Brigada Militar, Andreis Dal'Lago.
Com falta de profissionais na área de saúde mental para atender uma das profissões mais estressantes do mundo - relacionada à área de segurança -, o Comando Geral da Brigada Militar tem procurado soluções para que o atendimento a policiais militares (PMs) não fique prejudicado. Vinte e dois profissionais de psicologia, psiquiatria e assistência social atendem os 19 mil brigadianos do Estado inteiro. Para sanar essa dificuldade, a corporação trabalha na elaboração de um projeto de lei para contratar oficiais temporários para saúde e saúde mental. "Está em análise final. Esperamos que, ainda neste semestre, consigamos encaminhar o projeto para a Assembleia Legislativa", estima o comandante-geral da Brigada Militar, Andreis Dal'Lago.
O número de 22 profissionais é um pouco maior do que o de um ano atrás, quando o Jornal do Comércio publicou reportagem sobre o tema - na ocasião, eram 16. Mesmo assim, é pouco. Se todos os 19 mil PMs do Estado fossem atendidos, cada psicólogo, psiquiatra e assistente social precisaria prestar seus serviços para 863 pessoas, em média. "Não é suficiente, seria melhor ampliar. Estamos trabalhando para sensibilizar o comando nesse enfoque da saúde mental, que tem se mostrado tão necessário", revela a major Denise Alves Riambau Gomes, chefe da Unidade de Psiquiatria e do Setor de Psicologia do Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre.
No hospital de Santa Maria, o serviço é prestado por um psicólogo, um psiquiatra e um assistente social. No de Porto Alegre, são dois psiquiatras e convênio com mais um psiquiatra e seis psicólogos civis. Na seção Biopsicossocial, há dois psicólogos, um psiquiatra e um assistente social.
Com a perspectiva do encaminhamento do projeto de lei, Denise sonha em distribuir os profissionais para atender em cada batalhão, fazendo, assim, um efetivo acompanhamento psicológico. Hoje, o quadro atua mediante demanda e fica lotado somente em Porto Alegre, Santa Maria, Canoas e Novo Hamburgo.
A proposta se baseia em uma iniciativa do Exército, de determinar o tempo da contratação em sete anos. "Com um número maior de profissionais, conseguiríamos descentralizar e baratear os serviços. Atualmente, como o atendimento, em grande parte, se dá através de contratos terceirizados, acaba se tornando mais caro", explica. Denise é uma das três únicas servidoras concursadas da Brigada Militar na área de saúde mental.
Além de trabalhar no projeto de lei, o Comando Geral aproveitou a autorização do governador José Ivo Sartori para novas nomeações para chamar dois oficiais psiquiátricos, aprovados no concurso de 2014. "Até o fim do ano, já deverão começar a atuar", projeta Dal'Lago. Atualmente, os dois servidores estão realizando exames médicos de admissão. Depois disso, passarão por um curso com duração de 60 dias.
Ambos os oficiais ficarão lotados em Porto Alegre, onde a demanda é maior. Eles prestarão atendimentos psiquiátricos, mas também terão atribuições administrativas, das juntas médicas, traçando planos de saúde mental mais abrangentes. "Alguém precisa ser chefe da Unidade Hospitalar de Psiquiatria e fazer estratégias de planejamento, por exemplo", relata Denise.
Há várias modalidades de atendimento prestadas pelas atuais equipes. "Em alguns casos, iniciamos uma psicoterapia individual. Em outros, vamos até a unidade onde houve alguma ocorrência de vulto, como a morte de um PM, e fazemos uma terapia em grupo", informa a major. A maior demanda, no entanto, envolve problemas pessoais dos policiais, como questões financeiras ou familiares.
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