Prefeitura de Porto Alegre vai pressionar empresas de recapeamento

A prefeitura de Porto Alegre anunciou que vai colocar contra a parede empresas que prestaram, nos últimos anos, serviços de recapeamento asfáltico de ruas e avenidas da Capital. Referente aos contratos firmados nos últimos cinco anos, durante a gestão anterior de José Fortunati, a medida busca o cumprimento de garantias previstas nos contratos de 66 trechos que, segundo vistorias técnicas da prefeitura, apresentaram indícios de problemas.

A partir do recebimento da notificação, as empresas terão 15 dias para apresentar uma resposta, prorrogáveis por igual período. A medida não engloba reparos iniciados em 2017, ano em que Nelson Marchezan Júnior tomou posse. O não cumprimento das exigências pode acarretar multas às empresas contratadas para os serviços. A listagem de vias que apresentaram problemas não foi divulgada pelo Paço Municipal.

A prefeitura inclui a medida em um pacote de ações voltadas à manutenção de vias na Capital. Segundo o governo municipal, a primeira medida foi a repactuação das dívidas com as empresas produtoras de asfalto, fundamentais para a retomada das chamadas operações tapa-buracos. A divulgação de um cronograma de ações nas vias públicas também foi mencionada como anterior às notificações. Uma quarta etapa, ainda sem previsão de início, prevê um levantamento de problemas no asfalto em áreas que envolvem contrapartidas ou ações de mitigação com empreendimentos imobiliários da Capital.

Atualmente, a prefeitura realiza obras de qualificação asfáltica, com recursos oriundos da Corporação Andina de Fomento (CAF). De acordo com o governo municipal, o financiamento vai permitir a requalificação de 44 quilômetros em 38 trechos de vias da cidade, em um investimento de R$ 29,2 milhões. Das ruas e avenidas listadas, 20 delas já teriam sido concluídas. No momento, estão em execução as ruas Sacadura Cabral, localizada no bairro Petrópolis, e as vias Faria Lobato e Souza Mello, ambas no Sarandi. A pavimentação, por sua vez, está dividida em cinco lotes, com 27 ruas ao todo. Os recursos, da ordem de R$ 25 milhões, também serão providos pela CAF.