Alberto Freitas, presidente da Ag�ncia Matriz Alberto Freitas, presidente da Ag�ncia Matriz Foto: MARCELO G. RIBEIRO/MARCELO G. RIBEIRO/JC

Valor de marca � um ativo intang�vel

Alberto Freitas � diretor da Ag�ncia Matriz

Há 17 anos no mercado, a Agência Matriz detém contas de propagandas icônicas para os gaúchos, como as do Grupo Zaffari, por exemplo. Conversamos com o diretor Alberto Freitas, 55 anos, para tirar uma temperatura sobre como está o mercado da propaganda no Rio Grande do Sul em meio ao frenesi tecnológico que redefine paradigmas de negócios e saber também, claro, o que eles estão fazendo a partir disso. Logo de cara, Alberto destaca: "é maravilhoso ser desafiado".
GeraçãoE - Como está o mercado de propaganda a partir das mudanças de mercado?
Alberto Freitas - Todas as empresas de comunicação hoje procuram seus caminhos, todos estamos nos redefinindo enquanto profissionais. Temos que entender esse ambiente e ver qual é a nossa vocação dentro dele. A tecnologia mudou a forma de as pessoas receberem a comunicação, e se relacionarem com ela. Está muito mais interativa, mais segmentada e focada. As pessoas que gostam de algo vão lá e gastam com aquilo, porque gostam daquilo. O mundo da tecnologia nos possibilita esse acesso individualizado.
GE - E qual o papel da propaganda nesse contexto?
Alberto - O nosso valor é a curadoria das marcas. Nosso papel é o de capturar a alma das empresas. Se eu conseguir capturar as almas das empresas pelas quais eu trabalho e pegar esse DNA verdadeiro, eu consigo transformar isso em uma comunicação única, que leva essa marca a ter retenção de mensagem de valor.
GE - Qual o principal enfrentamento das agências?
Alberto - Um problema que as agências enfrentam é que, no passado, nós abrimos mão de monetizar nosso valor. Nosso conteúdo criativo sempre foi o nosso insumo principal. Só que as agências, ao longo do tempo, deixaram de cobrar pelo conteúdo e começaram a receber apenas pelas produções de mídia. O enfrentamento das agências é ter um debate franco e sincero com os empresários e com as empresas de que é vital ter uma marca de valor. É um ativo intangível, e quem constrói somos nós. Estamos entregando um ativo, temos que cobrar pelo nosso trabalho e não ficar dependendo de uma comissão ou algo do tipo, que foi o que remunerou todo o nosso mercado durante muito tempo.
GE - O que isso trouxe de boas oportunidades?
Alberto - O mais legal de tudo isso é nos desafiarmos. É um desafio que a todo momento nos causa espanto, mas é maravilhoso ser desafiado. Algo muito legal e que com o tempo vai trazer efeito é o fato de que os jovens que estão conosco têm uma outra perspectiva de vida. Eles querem fazer algo com propósito maior, veem o trabalho como uma missão, precisam de causas para se engajar no emprego. Estamos entendendo esse movimento, então aí passa a ter, inclusive, uma redefinição dos nossos parceiros, quem são as empresas que a Matriz quer se relacionar? E a gente tem procurado empresas e empresários com esta vocação de querer fazer melhor, que têm um filtro ético.
GE - Na tua trajetória, o que de mais valioso tu aprendeste sobre gestão?
Alberto - Respeitar a dignidade humana. A gente tem que começar por este respeito, a partir daí tudo se transforma.
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