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Esportes

- Publicada em 09 de Julho de 2017 às 17:10

Comitê do Rio-2016 não consegue garantia de apoio extra do COI para fechar rombo

Abertura foi um dos momentos alto da Rio-2016, que teria tido rombo de R$ 132 milhões

Abertura foi um dos momentos alto da Rio-2016, que teria tido rombo de R$ 132 milhões


FERNANDO FRAZ/ABR/JC
Estadão Conteúdo
Não é apenas o cidadão brasileiro que não sabe exatamente quanto custou os Jogos Olímpicos do Rio e como o dinheiro foi gasto. Neste domingo (9), em Lausanne, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu adiar qualquer consideração sobre o rombo deixado pelo evento, uma mediação com fornecedores e até um possível resgate diante da falta de informações da parte dos organizadores. Por enquanto, a máxima entidade olímpica não garante nem um novo pagamento nem ajuda extra para fechar o buraco milionário gerado pelos Jogos.
Não é apenas o cidadão brasileiro que não sabe exatamente quanto custou os Jogos Olímpicos do Rio e como o dinheiro foi gasto. Neste domingo (9), em Lausanne, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu adiar qualquer consideração sobre o rombo deixado pelo evento, uma mediação com fornecedores e até um possível resgate diante da falta de informações da parte dos organizadores. Por enquanto, a máxima entidade olímpica não garante nem um novo pagamento nem ajuda extra para fechar o buraco milionário gerado pelos Jogos.
O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, esteve em Lausanne para debater com a cúpula do COI uma solução para o déficit. Ao fim de 2016, os documentos oficiais do Comitê Rio-2016 indicaram que o déficit era de R$ 132 milhões. Mario Andrada, diretor de Comunicações dos Jogos, indicou no mês passado que o valor já foi reduzido para R$ 114 milhões. Os organizadores, segundo ele, conseguiram "dinheiro extra do COI", além de descontos com fornecedores.
No total, cerca de US$ 300 mil extras foram entregues pela entidade em Lausanne, além dos valores já combinados. O problema é que, para fechar a conta, um volume de mais de R$ 100 milhões ainda teria de vir dos cofres públicos. Mas a Prefeitura do Rio não dá qualquer sinal de que esteja inclinada a pagar o que o Comitê Rio-2016 diz que ela prometeu.
A esperança era de que parte da solução viesse do COI. Mas a entidade tem se mostrado hesitante diante do que chama de "falta de informação" por parte dos organizadores brasileiros sobre a real situação financeira. Num comunicado, o Conselho Executivo do COI afirmou neste domingo que se reuniu com Nuzman para tratar do "status do processo de dissolução" do Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016.
Com dívidas e questionamentos, o organismo terá de pagar seus fornecedores antes de fechar as portas. Mas a entidade internacional esperava ouvir dos brasileiros detalhes sobre pagamentos e garantias do Estado, antes de tomar uma decisão sobre como proceder com o rombo nas contas.

Falta de dados gera frustração de COI

Mas os dirigentes foram frustrados uma vez mais pela falta de dados que os brasileiros deveriam ter apresentado. Assim, sem informações, o COI deixou claro que, neste momento, não abrirá a torneira para bancar o déficit do Rio. "Dado que mais informações são necessárias antes de que a contabilidade financeira do Rio-2016 seja encerrada, o Conselho Executivo deferiu nesta etapa qualquer nova consideração", indicou o COI.
Além disso, a cúpula da entidade indicou que "fechou todas suas obrigações com o comitê organizador" já em dezembro de 2016 e que a contribuição chegou a um valor "recorde" de US$ 1,53 bilhão. "Isso foi feito além do esforço para reduzir custos e dar contribuições financeiras adicionais por parte dos acionistas do movimento Olímpico", completou.
Na semana passada, o COI já tinha criticado abertamente os organizadores brasileiros por falta de informação confiável sobre situação das contas do Rio-2016. Pela primeira vez em décadas, uma Olimpíada registrou um déficit e, para os organizadores locais, a responsabilidade por cobrir os problemas financeiros é da prefeitura carioca.
"O COI continua preparado para oferecer sua ajuda e expertise", disse o COI, por meio de um comunicado enviado à reportagem do Estado. "Mas, para fazer isso, precisamos de informação confiável e que possamos entender daqueles no comando, algo que lamentavelmente até o presente momento não temos", criticou a entidade.
O COI não explicou se a crítica era direcionada ao Comitê Rio-2016, à prefeitura, ao governo federal ou a todos. "Uma vez que tenhamos recebido um cenário claro, então poderemos trabalhar sobre como melhor oferecer nossa ajuda para ir adiante", completou a entidade.
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