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Vôlei

- Publicada em 09 de Julho de 2017 às 12:44

Brasil perde da França e fica com o vice da Liga Mundial de Vôlei

Vitória da França fez Brasil manter jejum de títulos na Liga, sendo último de 2010

Vitória da França fez Brasil manter jejum de títulos na Liga, sendo último de 2010


Valterci Santos/MPIX/CBV/Divulgação/JC
A seleção brasileira masculina de vôlei começou o novo ciclo olímpico com um vice-campeonato da Liga Mundial. Com jogo que começou no fim da noite desse sábado (8) e terminou no começo da madrugada de domingo (9) e apoio da torcida na Arena da Baixada lotada, em Curitiba, a equipe perdeu para a França por 3 sets a 2, com parciais de 21/25, 25/15, 25/23, 19/25 e 15/13, em 1 hora e 36 minutos, e aumentou o seu jejum na competição. Earvin Ngapeth foi o herói da conquista francesa ao marcar 29 pontos na final. Wallace e Lucarelli fizeram 22 cada para a equipe brasileira.
A seleção brasileira masculina de vôlei começou o novo ciclo olímpico com um vice-campeonato da Liga Mundial. Com jogo que começou no fim da noite desse sábado (8) e terminou no começo da madrugada de domingo (9) e apoio da torcida na Arena da Baixada lotada, em Curitiba, a equipe perdeu para a França por 3 sets a 2, com parciais de 21/25, 25/15, 25/23, 19/25 e 15/13, em 1 hora e 36 minutos, e aumentou o seu jejum na competição. Earvin Ngapeth foi o herói da conquista francesa ao marcar 29 pontos na final. Wallace e Lucarelli fizeram 22 cada para a equipe brasileira.
O Brasil é o maior campeão da Liga Mundial com nove títulos e também a equipe que mais disputou finais - essa foi a 16ª. As conquistas vieram em 1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010. E um desses títulos foi assegurado diante da França, em 2006, numa decisão definida em cinco sets, assim como a deste sábado em Curitiba, com a diferença que agora a vitória foi da equipe europeia.
Esta foi a sexta vez que o Brasil foi palco da fase final da Liga Mundial. Mas o único título como anfitrião veio em 1993. Em 1995, 2002 e 2008, a equipe também alcançou a final, mas foi derrotada, assim como neste sábado. Agora voltou a cair em casa, um ano depois da histórica conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio.
Em 2017, a fase decisiva da Liga Mundial foi realizada em uma quadra montada no estádio do Atlético Paranaense. E o grande público presente ao estádio - foram 23.149 espectadores na decisão - e a atmosfera criada por ele, mesmo com a temperatura baixa da noite curitibana - aumentou o peso histórico do confronto vencido pela França.
A Liga Mundial também foi a primeira competição do Brasil após a saída do técnico Bernardinho, multicampeão pela seleção, em passagem iniciada em 2001, sendo que oito dos nove títulos do Brasil no torneio foram com o treinador, agora substituído por Renan Dal Zotto, medalhista de prata na Olimpíada de 1984, em Los Angeles, como jogador.
As seleções do Brasil e da França foram as melhores desde o começo da Liga Mundial. Os europeus se classificaram à fase final com uma campanha praticamente perfeita, de oito vitórias e apenas uma derrota, sendo seguidos pelos brasileiros, com seis triunfos.
E as equipes repetiram a dose na fase final, com cada um avançando em primeiro lugar nas suas chaves, posteriormente vencendo nas semifinais, até se encontrarem na decisão deste sábado. E a conquista ficou com a equipe de melhor campanha, a França, que também havia sido campeã da edição anterior da Liga Mundial decidida no País, em 2015. Assim, os seus dois títulos do torneio foram assegurados em quadras brasileiras.
Na decisão do terceiro lugar, a seleção do Canadá conseguiu um resultado histórico. A equipe assegurou o terceiro lugar de virada sobre os Estados Unidos, por 3 sets a 1, com parciais de 18/25, 25/20, 25/22 e 25/21, em 1 hora e 51 minutos. John Gordon Perrin foi o principal destaque do triunfo do Canadá ao marcar 13 pontos, um a menos do que Taylor Sander para os Estados Unidos. E o duelo pelo terceiro lugar acabou sendo bastante equilibrado, com o excesso de pontos cedidos pelos norte-americanos - 37 a 27 - fazendo a diferença para os canadenses.

Jogo foi decidido em tie-break com diferença de dois pontos

Wallace fez 22 pontos na partida, o mesmo número de Lucarelli

Wallace fez 22 pontos na partida, o mesmo número de Lucarelli


Valterci Santos/MPIX/CBV/Divulgação/JC
O equilíbrio marcou o início da partida entre Brasil e França. A seleção, porém, foi aos dois tempos técnicos em vantagem, ainda que mínima, de 8 a 7 e 16 a 14. No momento de definição da parcial, a equipe deslanchou e fechou a parcial em 25 a 21 com uma cravada de Maurício Souza. E ficou claro que o bloqueio fez a diferença no set, pois o Brasil marcou três pontos nesse fundamento, contra nenhum dos franceses. Além disso, o passe funcionou bem, facilitando as ações do levantador Bruno.
O revés, porém, não abalou a seleção da França. A equipe começou com tudo o segundo set, logo abrindo 5 a 1 e depois foi ao tempo técnico em vantagem de 8 a 3. O Brasil tentou esboçar uma reação, fez um ace com Wallace que empolgou a torcida, mas viu os franceses permanecerem à frente, conseguindo sustentar a vantagem, fazendo 12 a 7, e até a ampliando para 16 a 9.
Assim, liderada pelas ótimas atuações de Ngapeth e Boyer e com o seu bloqueio brilhando - fez seis pontos nesse fundamento - triunfou com bastante facilidade por 25 a 15, empatando a decisão da Liga Mundial. Assim, o Brasil repetiu um incômodo desempenho dos jogos anteriores, pois perdeu o segundo set em todos os compromissos da fase final.
A superioridade francesa se repetiu no começo do terceiro set, tanto que a equipe foi ao primeiro tempo técnico vencendo por 8 a 5. Dessa vez, o Brasil não permitiu que os adversários deslanchassem no placar. Ainda assim, liderada por Ngapeth, fez 16 a 12. Mas mais vibrante e com ótimo desempenho de Bruno e, principalmente, Walace, conseguiu virar o placar para 21 a 20. Só que aí a França exibiu equilíbrio sob pressão e conseguiu vencer por 25 a 23 com um bloqueio em cima de Walace, ficando em vantagem na final.
Assim, a obrigação de triunfar no quarto set era todo do Brasil. Renan, então, fez uma alteração na equipe, com a entrada de Eder na vaga de Maurício Souza. E a seleção respondeu, tendo ótimo começo na parcial e indo ao primeiro tempo técnico triunfando por 8 a 3. A reação, porém, não veio com facilidade, com a França voltando para o jogo, chegando a diminuir a sua desvantagem para 11 a 9. Só que a seleção conseguiu se manter à frente do placar, fazendo 16 a 13. Depois, abriu 19 a 15 e 22 a 16, fechando a parcial em 25 a 19 com um ataque de Eder, exatamente a novidade na escalação no quarto set, e forçando a realização do tie-break.
No set de desempate, liderada por um ótimo início de Lucarelli, o Brasil parecia encaminhar a sua vitória ao abrir 7/4. Só que a França fez três pontos consecutivos para empatar o placar em 7/7. A partir daí, as equipes foram fazendo um duelo igual, até que a França ficou na frente por 12/11 e não deixou mais a dianteira escapar, assegurando o título da edição de 2017 da Liga Mundial com a vitória por 15/13.