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Economia

- Publicada em 27 de Julho de 2017 às 20:29

Servidores preparam uma ofensiva contra adiamento do reajuste salarial

Entidades sindicais se mostraram indignadas com a intenção do governo federal de adiar, para o segundo semestre de 2018, o reajuste salarial dos servidores públicos, que estava previsto para janeiro. E já começaram a se mobilizar contra a sinalização do governo.
Entidades sindicais se mostraram indignadas com a intenção do governo federal de adiar, para o segundo semestre de 2018, o reajuste salarial dos servidores públicos, que estava previsto para janeiro. E já começaram a se mobilizar contra a sinalização do governo.
"As entidades não vão ficar de braços cruzados diante desse desrespeito do governo a uma lei que já tinha sido aprovada e que foi negociada durante dois anos", comenta o presidente do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), Claudio Damasceno.
De acordo com ele, nesta quinta-feira, representantes dos trabalhadores se reuniram para avaliar o impacto da medida e o que poderá ser feito caso o governo adie o reajuste. Há outros encontros marcados para a próxima semana. "Estamos indignados, mas temos a esperança de que essa intenção não vá se concretizar dentro do governo", diz o presidente do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho), Carlos Silva. "De qualquer forma, a categoria já está se organizando para dar uma resposta à altura caso o governo efetive essa intenção", complementa. Mobilizações, manifestações, greves e até recurso ao Judiciário estão entre as medidas estudadas pelas entidades.
Os representantes dos trabalhadores afirmam que as negociações do reajuste salarial começaram ainda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff e se estenderam pelo governo de Michel Temer. "Iniciamos as negociações em março de 2015, e só em maio deste ano foi sancionada a lei validando o acordo. Se o governo voltar atrás, vai criar uma crise de confiabilidade no próprio governo", considera Damasceno. De acordo com ele, cerca de 1 milhão de servidores podem ser afetados pela medida. Está previsto reajuste de 4,57% para janeiro de 2018 e de mais 4,5% em janeiro de 2019.
O objetivo do governo com o adiamento do reajuste dos servidores é reduzir o rombo no orçamento de 2018. O aumento dos salários dos servidores, que teve a aprovação do Congresso, deve ampliar em R$ 22 bilhões as despesas do governo no ano que vem. Se conseguisse adiar o reajuste para o segundo semestre, a União poderia poupar R$ 11 bilhões.
 
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