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Economia

- Publicada em 27 de Julho de 2017 às 20:28

Bloqueio do Orçamento corta 27% da verba do PAC

Segundo Dyogo Oliveira, todas as pastas terão que apertar o cinto

Segundo Dyogo Oliveira, todas as pastas terão que apertar o cinto


JOSÉ CRUZ/JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será a principal vítima do bloqueio adicional de recursos no Orçamento anunciado na semana passada. Dados informados nesta quinta-feira pelo Ministério do Planejamento mostram que o programa perderá R$ 7,4 bilhões em recursos, ou 27% do previsto até então.
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será a principal vítima do bloqueio adicional de recursos no Orçamento anunciado na semana passada. Dados informados nesta quinta-feira pelo Ministério do Planejamento mostram que o programa perderá R$ 7,4 bilhões em recursos, ou 27% do previsto até então.
Além de R$ 5,2 bilhões bloqueados no programa, ou 88% do contingenciamento de R$ 5,9 bilhões anunciado na semana passada, o governo irá redirecionar R$ 2,2 bilhões do PAC para atender a demandas de emergência dos ministérios, como contratação de carros-pipa e recursos para a Polícia Rodoviária Federal.
O restante do bloqueio virá do corte de emendas obrigatórias de bancada (R$ 214,3 milhões a menos) e nas emendas obrigatórias individuais (R$ 426,2 milhões a menos). Os ministérios das Cidades, Integração e dos Transportes, que possuem projetos dentro do PAC, serão os maiores afetados pela contenção de despesas públicas.
Na semana passada, ao aumentar a tributação dos combustíveis, o Ministério do Planejamento informou que seria necessário bloquear R$ 5,9 bilhões adicionais nas despesas previstas para este ano, o que faz com que a parcela congelada do Orçamento some pouco mais de R$ 44 bilhões.
Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, toda as pastas terão que apertar o cinto. Só deverá ser preservado o Ministério da Saúde, cujo fluxo de despesas já está no limite do piso estabelecido em lei.
Com o bloqueio, o governo aposta no cumprimento da meta de deficit orçamentário deste ano, de R$ 139 bilhões, apesar do ceticismo de analistas do mercado financeiro e de setores políticos dentro da própria gestão Michel Temer.
A contenção de despesas vem provocando a suspensão de atividades públicas, como a emissão de passaportes, além de afetar o trabalho em órgãos, como a Funai, e a fiscalização de agências reguladoras. O desgaste levou parte do governo a considerar a revisão da meta de deficit do ano, embora a ideia ainda sofra resistência no Palácio do Planalto e entre os técnicos da área econômica.
Em junho, segundo dados do Tesouro Nacional, o rombo acumulado em 12 meses chegou a R$ 182,8 bilhões.
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