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Aviação

- Publicada em 28 de Julho de 2017 às 00:25

Fraport deve investir mais do que previsto no Salgado Filho

Em ato no Palácio do Planalto, Temer comemorou com ministros Padilha, Franco e Quintella as concessões

Em ato no Palácio do Planalto, Temer comemorou com ministros Padilha, Franco e Quintella as concessões


Antonio Cruz/Agência Brasil/JC
Apesar das assinaturas dos contratos terem ficado para esta sexta-feira, na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o presidente Michel Temer festejou, na quinta-feira, no Palácio do Planalto, com governadores (entre eles, José Ivo Sartori) e empresários, o repasse das concessões dos aeroportos de Porto Alegre, Fortaleza, Salvador e Florianópolis. Uma das contrapartidas exigidas da alemã Fraport (que arrematou os complexos gaúcho e cearense) é investir pelo menos R$ 1,9 bilhão no aeroporto Salgado Filho. No entanto, a perspectiva é que esse montante seja ainda maior.
Apesar das assinaturas dos contratos terem ficado para esta sexta-feira, na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o presidente Michel Temer festejou, na quinta-feira, no Palácio do Planalto, com governadores (entre eles, José Ivo Sartori) e empresários, o repasse das concessões dos aeroportos de Porto Alegre, Fortaleza, Salvador e Florianópolis. Uma das contrapartidas exigidas da alemã Fraport (que arrematou os complexos gaúcho e cearense) é investir pelo menos R$ 1,9 bilhão no aeroporto Salgado Filho. No entanto, a perspectiva é que esse montante seja ainda maior.
O consultor em aeroportos Fernando Bizarro recorda que uma parte das obras do novo terminal de cargas do empreendimento da Capital já foi concluída, mas a finalização da estrutura não está entre as obrigações contratuais do grupo alemão. Porém, o analista adianta que, no momento que for ampliada a pista de pouso e decolagem (algo previsto no edital do leilão do Salgado Filho), será necessário um terminal adequado para as aeronaves cargueiras e para o maior fluxo de mercadorias que deverá ser consequências da iniciativa. "A própria Fraport tem dito isso, que o terminal de cargas vai ser uma decorrência da expansão da pista", afirma.
> Confira opiniões do consultor Fernando Bizarro no boletim Da Redação:
A pista será aumentada em mais 920 metros (hoje, possui 2.280 metros). "A Fraport quer fazer a obra, diferentemente do governo federal, que, em 20 anos, não fez", ressalta Bizarro. O consultor salienta que a empresa possui know how internacional na gestão de aeroportos. A companhia administra cinco empreendimentos na Europa - entre eles, o de Frankfurt, um dos mais modernos do mundo -, cinco na Ásia, dois na África e um na América Latina.
Também está prevista no edital a expansão do terminal 1 (o novo) do Salgado Filho. Entretanto, Bizarro projeta que o terminal 2 (antigo) não deverá ser desativado, continuando a ser utilizado para funções como, por exemplo, voos regionais.
A diretora do Departamento Aeroportuário (DAP) da Secretaria dos Transportes do Rio Grande do Sul, Lígia Villagrán Barreto Alves, argumenta que o repasse para a iniciativa privada dá uma agilidade maior aos aeroportos do que sob os cuidados do poder público. "Trata-se de um setor que precisa dar respostas rápidas", destaca. Lígia frisa que a Fraport, legalmente, precisa cumprir apenas o que está previsto no contrato. No entanto, se o grupo perceber que um investimento dará retorno à companhia e ao usuário, irá fazê-lo.
"A qualificação do aeroporto Salgado Filho potencializa a atração de investimentos e valoriza a posição estratégica do Rio Grande do Sul no contexto da América Latina", enfatiza o governador José Ivo Sartori. O dirigente conversou com a vice-presidente executiva sênior da Fraport, Aletta von Massenbach, que salientou o Rio Grande do Sul como estratégico para a empresa, pela proximidade com Uruguai e Argentina.
Um dos coordenadores do comitê pró-aeroporto Salgado Filho Alcebíades Santini considera a vinda da Fraport para o Rio Grande do Sul como uma vitória da sociedade gaúcha. Santini, que também é presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), ressalta que o aumento da pista do Salgado Filho fortalecerá a economia do Estado na medida que poderá incrementar o fluxo de cargas aéreas na região.
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Ampliação da pista do aeroporto depende de realocação de famílias que moram nas imediações

Fraport terá 52 meses, a partir da assinatura de contrato, para finalizar expansão da área de pouso e decolagem

Fraport terá 52 meses, a partir da assinatura de contrato, para finalizar expansão da área de pouso e decolagem


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Uma questão que há anos vem sendo tratada para possibilitar a expansão da pista do Salgado Filho ainda precisa ser solucionada: o deslocamento de pessoas que moram próximas ao complexo. Por contrato, a Fraport tem 52 meses, a partir da assinatura do acordo de concessão, para finalizar a expansão da pista.
O consultor em aeroportos Fernando Bizarro calcula que, se não houver empecilhos, a partir do início das obras, é possível concluir o empreendimento em aproximadamente 24 meses. Bizarro comenta que a prefeitura já afirmou que fará a movimentação a tempo para que as obras sejam terminadas. "Mas aqui não é a Alemanha, lá poderiam ficar tranquilos que o poder público iria fazer tudo dentro do prazo", aposta.
Conforme o Departamento Municipal de Habitação (Demhab), as 364 famílias da Vila Nazaré que impactam na primeira fase da ampliação da pista serão movidas para o loteamento Senhor do Bonfim, na avenida Senhor do Bom Fim, nº 53. Porém, esse espaço foi invadido irregularmente por outras pessoas. "A ocupação por outras famílias pobres é furar a fila", considera o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Cassio Trogildo (PTB). O ex-coordenador da Frente Parlamentar Pró-Ampliação do Aeroporto Salgado Filho lembra que a Caixa Econômica Federal (responsável pelo empreendimento) já entrou com uma ação de reintegração na Justiça.
Ainda segundo o Demhab, cerca de mil famílias da Vila Nazaré, que não interferem no traçado do aeroporto, serão realocadas para o loteamento Irmãos Maristas, na rua Irmãos Maristas, nº 400. O prazo de conclusão das obras nas unidade habitacionais do Irmãos Maristas é o final de dezembro de 2018. Por sua vez, todas as famílias da Vila Dique, em torno de 900, que impactavam na ampliação foram removidas.