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- Publicada em 27 de Julho de 2017 às 18:44

Juros caem para quem paga fatura mínima do cartão

Taxas totais do rotativo tiveram leve aumento para 378,3% ao ano

Taxas totais do rotativo tiveram leve aumento para 378,3% ao ano


/VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
As novas regras para o cartão de crédito rotativo, que impedem que o cliente se mantenha por mais de 30 dias na modalidade, voltaram a reduzir os juros dos clientes que pagam o mínimo de 15% da fatura. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC), esse consumidor pagou uma taxa média de 230,4% ao ano em junho, uma queda de 28,1 pontos percentuais na comparação com maio.
As novas regras para o cartão de crédito rotativo, que impedem que o cliente se mantenha por mais de 30 dias na modalidade, voltaram a reduzir os juros dos clientes que pagam o mínimo de 15% da fatura. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC), esse consumidor pagou uma taxa média de 230,4% ao ano em junho, uma queda de 28,1 pontos percentuais na comparação com maio.
Por outro lado, os juros de quem não pagou esse percentual mínimo da fatura tiveram aumento, de 453,9% para 460,7% ao ano. Com isso, os juros totais dessa categoria tiveram leve alta, de 377,9% para 378,3% ao ano. Já as taxas do cartão de crédito parcelado caíram de 159,6% em maio para 157,8% no mês passado.
Com a redução na taxa básica de juros da economia, a Selic, em queda desde outubro de 2016, a taxa de juros média para consumidores e empresas voltou a cair no mês passado, para 46,1% ao ano. Em junho, a taxa média cobrada de consumidores recuou 1,2 ponto percentual, para 63,3% ao ano. Essa é a taxa calculada com recursos livres (que não incluem financiamentos imobiliários, empréstimos do Bndes e crédito rural). No caso das empresas, os juros recuaram para 24,8% ao ano, uma redução de 1,3 ponto percentual.
O spread (diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos e o que cobram na ponta) nos financiamentos a consumidores e empresas também recuou, de 37,7 pontos percentuais para 36,5 pontos percentuais.
A inadimplência teve recuo em relação a maio, em especial no caso das empresas: de 6%, percentual que havia sido recorde para o mês retrasado, para 5,3%. No caso dos consumidores, houve uma leve queda, de 5,9% para 5,8%. Considera-se inadimplência quando o pagamento não é efetuado no prazo de 90 dias.
Os juros dos empréstimos direcionados (empréstimos imobiliários, Bndes e rural) foram de 10,2% ao ano no mês passado, praticamente estáveis em relação a maio, quando a taxa registrada ficou em 10,3%.
Na média diária, os novos empréstimos com recursos livres para consumidores e empresas totalizaram R$ 12,4 bilhões no mês passado, uma alta de 7% em relação a maio, segundo os dados do BC.

Estoque de crédito da economia diminui 0,9% no primeiro semestre, informa Banco Central

Com a crise econômica, o estoque de crédito da economia, ou seja, tudo o que está emprestado, caiu 0,9% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado, divulgou o Banco Central (BC) nesta quinta-feira. A projeção do Banco Central é de uma alta desse estoque de 1% em 2017 -ou seja, a tendência é que esse crescimento aconteça na segunda metade do ano.
"Essa redução está de acordo com o nível de atividade econômica", afirmou Fernando Rocha, chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central. "O segundo semestre será melhor do que o primeiro. Os dados de junho já mostram um cenário favorável a essa tendência", completou.
O mau momento para a economia afetou principalmente os bancos privados, já que os bancos públicos são os principais operadores do crédito rural, que está em alta pelo boom da agricultura na primeira metade do ano. O total de crédito emprestado pelas instituições financeiras privadas caiu 1,9% no primeiro semestre do ano ante mesmo período de 2016.
No caso dos bancos públicos, a queda foi de 0,6% na mesma comparação - se as operações do Bndes não forem contabilizadas, há aumento no estoque. "As instituições públicas têm carteira diferente da do setor privado. Uma das operações que explicou o desempenho melhor dos públicos foram as operações de crédito rural", explicou Rocha.