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Economia

- Publicada em 23 de Julho de 2017 às 18:25

Samarco Mineração descarta volta das operações em 2017

A retomada das operações da Samarco Mineração em 2017 está descartada. A empresa, joint venture da Vale e da BHP Billiton, confirmou que a partir do momento em que obtiver a licença ambiental para o uso da cava de Alegria Sul como depósito de rejeitos ainda levará de cinco a seis meses fazendo obras de adequação da estrutura. Como o aval das autoridades ambientais ainda está pendente, não haverá tempo hábil para a retomada este ano.
A retomada das operações da Samarco Mineração em 2017 está descartada. A empresa, joint venture da Vale e da BHP Billiton, confirmou que a partir do momento em que obtiver a licença ambiental para o uso da cava de Alegria Sul como depósito de rejeitos ainda levará de cinco a seis meses fazendo obras de adequação da estrutura. Como o aval das autoridades ambientais ainda está pendente, não haverá tempo hábil para a retomada este ano.
Na melhor das hipóteses, a volta das atividades da pelotizadora ocorrerá no fim de 2018. A empresa diz que não pode precisar uma data, mas informou que quando isso ocorrer, a operação não voltará a funcionar a plena carga. O rompimento da barragem de Fundão, que deixou o município de Mariana (MG) e adjacências cobertos de lama, completará dois anos em novembro. Desde então a produção na unidade está paralisada.
Em abril, o então presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou que acreditava que a operação da Samarco seria retomada no segundo semestre deste ano. Para a retomada da Samarco são necessárias duas licenças ambientais: a da cava de Alegria Sul e o Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) das estruturas existentes no complexo de Germano, em Mariana. O processo de licenciamento ambiental de Alegria Sul já está em curso e teve audiências públicas realizadas em dezembro do ano passado nas cidades de Ouro Preto e Mariana. 
Em outubro de 2016, a Samarco teve todas as licenças do complexo de Germano suspensas. Até então, elas estavam apenas embargadas após o rompimento. A empresa foi convocada a realizar também o licenciamento corretivo das estruturas existentes no complexo. A revisão de todas as licenças foi solicitada pelo estado de Minas, mas a Samarco ainda não entregou sequer o estudo de impacto ambiental à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Um estudo da Tendências afirma que a continuidade da paralisação da Samarco põe em risco 20 mil vagas diretas e indiretas de emprego em 2017. Pelos cálculos da consultoria, o atraso na retomada das atividades implica a perda de R$ 4,4 bilhões de faturamento direto e indireto na cadeia de produção da companhia este ano - valor correspondente a 1% do PIB mineiro -, e na perda de
R$ 989 milhões em arrecadação para o governo. Desde janeiro os contratos de 800 empregados da Samarco estão suspensos, em regime de layoff, com previsão de término em 31 de outubro.
 
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