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Economia

- Publicada em 23 de Julho de 2017 às 22:31

Comercialização cai 60% em um ano no Pop Center

Consumidora do local, Eliane sentiu crescer a insegurança no entorno

Consumidora do local, Eliane sentiu crescer a insegurança no entorno


FREDY VIEIRA/FREDY VIEIRA/JC
Carolina Hickmann
Enquanto a maior parte do comércio se preocupa com a crise financeira, o Pop Center, que abriga os ex-vendedores ambulantes do Centro Histórico de Porto Alegre, é atingido diretamente pela crise na segurança pública. A entrada principal do centro popular fica na rua Voluntários da Pátria, que só no mês de junho teve 58 registros de assalto a pedestre junto ao 9º Batalhão da Polícia Militar. Representantes dos lojistas relatam que nos últimos 12 meses as vendas caíram cerca de 60%. Caso a queda continue, a viabilidade dos negócios não será mais garantida.
Enquanto a maior parte do comércio se preocupa com a crise financeira, o Pop Center, que abriga os ex-vendedores ambulantes do Centro Histórico de Porto Alegre, é atingido diretamente pela crise na segurança pública. A entrada principal do centro popular fica na rua Voluntários da Pátria, que só no mês de junho teve 58 registros de assalto a pedestre junto ao 9º Batalhão da Polícia Militar. Representantes dos lojistas relatam que nos últimos 12 meses as vendas caíram cerca de 60%. Caso a queda continue, a viabilidade dos negócios não será mais garantida.
Os lojistas do Pop Center, por outro lado, garantem que o interior do shopping é seguro. A questão é que a população fica receosa de se aproximar do local. "O comércio precisa de segurança também em seu entorno", lembra um dos comerciantes, que prefere não se identificar com medo de represálias. A insegurança relatada fez com que o número de potenciais consumidores dentro do centro de compras também despencasse. Segundo a diretora do empreendimento Elaine Deboni, no início deste ano era comum que 30 mil pessoas passassem pelo local durante um dia da semana; atualmente, o número caiu 30%.
Neste contexto, a direção e os representantes dos lojistas pedem uma atuação mais intensa e de inteligência. O 9º Batalhão, através do tenente coronel Eduardo Amorim, explica que as abordagens foram intensificadas nos últimos tempos. "Pessoas que possuem mais de dois celulares e não sabem o número do aparelho são levadas à delegacia, por exemplo", explica o coronel. Mesmo assim, os comerciantes ficam preocupados com a aproximação do final do ano, quando chegam a receber 1 milhão de pessoas em um dia com a aproximação das principais datas comemorativas.
Eliane Santos Bernardes é cliente do local "há anos". Ela costuma fazer compras para a sua filha de 2 anos pelo menos uma vez ao mês e mostra-se satisfeita com o atendimento e a qualidade dos produtos. Porém, sua avaliação é de que a falta segurança está se agravando no entorno, o que reflete também dentro do prédio. "Sei que aqui tem seguranças, mas ficamos amedrontados da mesma forma", lamenta, abraçada em sua bolsa.
Elaine espera que um dia a Voluntários da Pátria possa se tornar uma rua exclusiva para pedestres, valorizando, assim, o comércio de rua da região e os mais de 800 lojistas permissionários do centro de compras.
O Pop Center foi construído a partir de uma parceria público privada, na qual a prefeitura cedeu uma área do município e a construtora Verdi investiu R$ 21 milhões na construção do prédio.
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