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Economia

- Publicada em 20 de Julho de 2017 às 19:00

Dólar cai a R$ 3,12 e retoma nível pré-delação da JBS

Agência Estado
A fraqueza do dólar no exterior continuou a pressionar a moeda americana ante o real nesta quinta-feira, 20, que foi influenciada ainda pela entrada de fluxo de estrangeiros e exportadores, levando a divisa a fechar abaixo do nível pré-crise política com a delação da JBS (R$ 3,1340, em 17/5). Outros fatores contribuíram para o movimento vendedor. Além da deflação do IPCA-15 e a perspectiva de que o Banco Central cortará a Selic em 1 ponto porcentual na próxima semana, esteve no radar dos investidores o aumento de impostos.
A fraqueza do dólar no exterior continuou a pressionar a moeda americana ante o real nesta quinta-feira, 20, que foi influenciada ainda pela entrada de fluxo de estrangeiros e exportadores, levando a divisa a fechar abaixo do nível pré-crise política com a delação da JBS (R$ 3,1340, em 17/5). Outros fatores contribuíram para o movimento vendedor. Além da deflação do IPCA-15 e a perspectiva de que o Banco Central cortará a Selic em 1 ponto porcentual na próxima semana, esteve no radar dos investidores o aumento de impostos.
No mercado à vista, o dólar terminou em baixa de 0,70%, aos R$ 3,1272. O giro financeiro somou US$ 1,25 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1262 (-0,73%) e, na máxima, aos R$ 3,1561 (+0,21%).
O dólar renovou mínimas ante o real diversas vezes nesta tarde em meio a uma entrada de fluxo de exportadores diante da perspectiva de que o dólar poderá cair mais. "Os exportadores estão entrando para garantir os negócios antes que o dólar caia mais", disse um gerente de mesa de derivativos. Mais cedo, foi visto forte fluxo de estrangeiros em meio à continuidade de ingressos de recursos para Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) de ações na B3.
Especialistas de mercado apontam para uma série de fatores externos que têm pesado no dólar, começando pela perspectiva de que os juros não deverão subir tão cedo nos EUA e na Europa, crise política em torno do presidente dos EUA, Donald Trump, além de um ambiente geopolítico mais tranquilo. Além disso, a sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que poderá discutir seu programa de recompra de bônus ainda neste ano levou o euro a subir em torno de 1% ante o dólar, embora o presidente da instituição tenha confirmado que as compras mensais de US$ 60 bilhões em ativos irão até dezembro.
Internamente, o recesso político contribui para a falta de notícias relevantes, com o mercado ainda otimista em torno da aprovação da reforma trabalhista, condenação do ex-presidente Lula e demonstração de esforços da equipe econômica para cumprir a meta fiscal.
O operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto aponta que o mercado engatou uma tendência única e "essa tendência está muito embasada no otimismo com a ajuste fiscal, após a aprovação da reforma trabalhista trazer uma perspectiva melhor para a reforma da Previdência".
Para o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, existe uma parcela do mercado acreditando que o governo cumprirá a meta fiscal deste ano, o que favorece a visão para o ano que vem. A Fazenda confirmou no fim da tarde que o governo irá aumentar as alíquotas do PIS/Cofins sobre os combustíveis e anunciou que haverá contingenciamento adicional de R$ 5,9 bilhões no orçamento de 2017.
No mercado futuro, o dólar para agosto caiu 0,90%, aos R$ 3,1275. O volume financeiro movimentado somou US$ 12,71 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1285(-0,87%) a R$ 3,1625 (+0,20%).
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