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Economia

- Publicada em 19 de Julho de 2017 às 18:53

Rio Grande do Sul precisa ser ouvido antes da regulamentação do Regime de Recuperação, sentencia Sartori

"O texto deixa margem para diferentes interpretações técnicas", dis Sartori

"O texto deixa margem para diferentes interpretações técnicas", dis Sartori


LUIZ CHAVES/PALÁCIO PIRATINI/JC
Em reunião com o presidente Michel Temer, nesta quarta-feira, o governador José Ivo Sartori afirmou que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal é fundamental para evitar o agravamento da crise econômico-financeira do Rio Grande do Sul. "Viemos até Brasília, porque queremos ser ouvidos antes da regulamentação do Regime de Recuperação Fiscal. O texto deixa margem para diferentes interpretações técnicas, e esperamos que o governo federal considere todo o esforço do ajuste fiscal feito no nosso Estado. Temer se mostrou aberto ao nosso pedido, e a equipe gaúcha deve se reunir com técnicos da União, nos próximos dias, para encaminhamentos", afirmou Sartori após o encontro.
Em reunião com o presidente Michel Temer, nesta quarta-feira, o governador José Ivo Sartori afirmou que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal é fundamental para evitar o agravamento da crise econômico-financeira do Rio Grande do Sul. "Viemos até Brasília, porque queremos ser ouvidos antes da regulamentação do Regime de Recuperação Fiscal. O texto deixa margem para diferentes interpretações técnicas, e esperamos que o governo federal considere todo o esforço do ajuste fiscal feito no nosso Estado. Temer se mostrou aberto ao nosso pedido, e a equipe gaúcha deve se reunir com técnicos da União, nos próximos dias, para encaminhamentos", afirmou Sartori após o encontro.
Com a recessão econômica e a retomada do pagamento da dívida do Estado com o governo federal, a situação do Rio Grande do Sul tende a se agravar nos próximos meses. "Já pagamos R$ 150 milhões ao mês referente à parcela da dívida com a União. Mostramos ao presidente que o Rio Grande do Sul fez o maior ajuste fiscal do País. Prova disso é que reduzimos o rombo dos cofres públicos de R$ 25 bilhões para R$ 8 bilhões, no acumulado até o final de 2018. Queremos ser ouvidos antes da regulamentação do Regime de Recuperação Fiscal, não podemos abrir mão disso", destacou o governador.
A sanção presidencial da lei que institui o Regime de Recuperação Fiscal foi publicada no dia 22 de maio no Diário Oficial da União (DOU). O governo do Estado se mobilizou desde o início para acelerar a adesão ao plano, com negociações que envolveram a Secretaria da Fazenda e equipes do Tesouro Nacional. O socorro aos estados e municípios mais endividados prevê a suspensão do pagamento da dívida com a União, pelos próximos três anos, exigindo como contrapartida uma série de medidas necessárias para equilibrar as finanças.
No caso do Rio Grande do Sul, a carência de 36 meses do serviço da dívida pode representar um alívio de R$ 9,9 bilhões. A medida é fundamental para o Estado voltar a pagar suas contas em dia, na virada do ano. Diante de um déficit financeiro de R$ 8 bilhões projetados até o final de 2018, além da suspensão da dívida (que representaria R$ 4,3 bilhões até o término do atual mandato), a alternativa para novos empréstimos depende ainda da privatização ou federalização das estatais do setor de energia (CEEE, CRM e Sulgás).
Ainda no início do ano, uma missão de técnicos da Secretaria do Tesouro Nacional apurou a realidade financeira do Rio Grande do Sul e o impacto das medidas adotadas pelo governo Sartori em busca do equilíbrio fiscal. Entre as principais contrapartidas estão a elevação para 14% da alíquota da Previdência, a limitação do crescimento dos gastos correntes, o que já está previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, e a redução em 10% dos incentivos fiscais.
"Queremos que a União reconheça todo o esforço que fizemos. Não é para o meu governo, é por um novo futuro para o Rio Grande do Sul. Não quero que os próximos governantes passem por essas dificuldades que estamos enfrentando", reforçou o governador.
 
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