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Trabalho

- Publicada em 16 de Julho de 2017 às 16:57

Caixa reabre PDV para cortar mais 5 mil vagas

Poderão aderir os funcionários com, no mínimo, 15 anos de casa

Poderão aderir os funcionários com, no mínimo, 15 anos de casa


/PEDRO BRAGA/ARQUIVO/JC
A Caixa Econômica Federal reabriu um Programa de Demissão Voluntária Extraordinário (PDVE) e espera que a adesão alcance 5.480 empregados. Na iniciativa anterior, encerrada em março deste ano, o banco teve a adesão de 4.645 funcionários em um contingente de 30 mil pessoas elegíveis.
A Caixa Econômica Federal reabriu um Programa de Demissão Voluntária Extraordinário (PDVE) e espera que a adesão alcance 5.480 empregados. Na iniciativa anterior, encerrada em março deste ano, o banco teve a adesão de 4.645 funcionários em um contingente de 30 mil pessoas elegíveis.
A expectativa da Caixa, em seu PDV anterior, era alcançar 10 mil empregados. Como não chegou ao número, o banco optou por reabrir o programa. Ao final de março, a Caixa contava com 101.505 funcionários, considerando estagiários e aprendizes. Somente empregados diretos do banco eram 91.128.
Desta vez, o período de adesão ao programa de demissão voluntária começa nesta segunda-feira e vai até o dia 14 de agosto. Com isso, o desligamento dos funcionários que aderirem ao PDV deve ocorrer de 24 de julho a 25 de agosto, conforme informações de documento enviado aos gestores do banco. "O PDVE tem por objetivo dar suporte financeiro aos empregados que queiram se desligar voluntariamente da empresa e que se enquadrem nas regras", explica a Caixa, na carta.
Poderão aderir ao programa de demissão voluntária do banco público os funcionários com, no mínimo, 15 anos de casa; aposentados pelo INSS até a data de desligamento, exceto quando for por invalidez; funcionários aptos a se aposentarem até 31 de dezembro de 2017 ou com adicional de função de confiança/cargo em comissão gratificada até a data de desligamento.
Em troca, a Caixa está oferecendo apoio financeiro, em caráter indenizatório e a ser pago em parcela única, de 10 remunerações-base do empregado, limitado a R$ 500 mil. Os funcionários que aderirem, conforme explica o banco, permanecerão com o plano de saúde da instituição, desde que atendam aos requisitos estabelecidos pela instituição. Para os que não se enquadrarem, o banco oferece a permanência no plano por 24 meses, sem prorrogação. Procurada, a Caixa confirmou a reabertura do programa de demissão voluntária extraordinário.
 

Outros bancos também anunciaram planos de cortes

Na semana passada, o Bradesco também anunciou um plano de demissão voluntária, o primeiro de sua história. O objetivo do banco, que precisa eliminar gorduras após a incorporação do HSBC, é alcançar uma adesão entre 5 mil e 10 mil colaboradores.
O prazo de adesão do PDV do Bradesco é parecido com o da Caixa. Começa também hoje e vai até 31 de agosto. O público-alvo inclui todo o conglomerado Bradesco, mas apenas para funcionários com mais de 10 anos de casa, e não está disponível para todos os departamentos.
O Bradesco contava com 106.644 funcionários em março deste ano, número 16,68% maior do que o visto um ano antes, ou seja, antes da integração do HSBC, que começou a ser considerado nos demonstrativos financeiros da instituição em julho de 2016 e adicionou cerca de 20 mil funcionários aos quadros do banco.
Já o Banco do Brasil fez, no ano passado, um plano de incentivo à aposentadoria. Na ocasião, a instituição conseguiu a adesão de 9,4 mil funcionários em um horizonte possível de 18 mil servidores. O banco tem dito que não deve fazer outro movimento nesta direção.
As iniciativas dos bancos, seja do lado de demissões voluntárias ou de incentivo à aposentadoria, ocorrem em meio a um movimento de reestruturação das redes físicas, com a maior relevância dos canais digitais, que já representam a maioria das transações bancárias, e ainda do internet banking. Além de fechar algumas unidades, as grandes instituições financeiras no País estão readequando as suas agências, transformando-as em espaços de negócios, já que, cada vez mais, os correntistas fazem transações pelos seus celulares e tablets.
No primeiro trimestre, os cinco maiores bancos do País - Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Santander Brasil e Caixa - somavam quase 426 mil funcionários, um enxugamento de cerca de 3,8 mil pessoas em um ano.