Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 13 de Julho de 2017 às 18:30

Custos industriais têm leve alta no primeiro trimestre

Despesas com pessoal, energia e bens intermediários subiram 1% de janeiro a março deste ano

Despesas com pessoal, energia e bens intermediários subiram 1% de janeiro a março deste ano


/JOSE PAULO LACERDA/DIVULGAÇÃO/JC
Os custos industriais no País se mantiveram praticamente estáveis no primeiro trimestre deste ano, com ligeira alta de 0,1% na comparação com o último trimestre de 2016. O dado é da pesquisa Indicador de Custos Industriais, divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A estabilidade do indicador é resultado do aumento nos custos com pessoal e com intermediários importados, que foi compensado pela queda nos custos com capital de giro - graças à redução da taxa de juros - e no custo tributário.
Os custos industriais no País se mantiveram praticamente estáveis no primeiro trimestre deste ano, com ligeira alta de 0,1% na comparação com o último trimestre de 2016. O dado é da pesquisa Indicador de Custos Industriais, divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A estabilidade do indicador é resultado do aumento nos custos com pessoal e com intermediários importados, que foi compensado pela queda nos custos com capital de giro - graças à redução da taxa de juros - e no custo tributário.
O indicador de custos industriais é formado por custos tributários, com capital de giro e com a produção. De janeiro a março, o índice de custo com capital de giro caiu 5,2% na comparação com o quarto trimestre de 2016. Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, o indicador acumula uma queda de 19,5%.
"A atuação do Banco Central gerou a ancoragem das expectativas de inflação e possibilitou o atual movimento de redução responsável dos juros, sem gerar desequilíbrios inflacionários. A expectativa é que as reduções adicionais de juros continuem sendo repassadas às empresas", avalia a CNI em nota divulgada.
O índice de custo tributário caiu 3% no primeiro trimestre frente último trimestre do ano passado. Em relação a igual período de 206, a queda foi de 8%.
Já o índice de custo de produção, que considera gastos com pessoal, energia e bens intermediários, registrou alta de 1% no primeiro trimestre do ano. Esse aumento foi impulsionado pelo crescimento de 0,9% nos custos com pessoal e de 1,1% nos custos com bens intermediários. Já os custos com energia permaneceram estáveis. Segundo a CNI, a redução do custo de energia elétrica foi cancelada pelo aumento no custo com óleo combustível.
O gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, explica que o acompanhamento do indicador de custos industriais permite que as empresas comparem seus custos com a média nacional e façam ajustes nas contas. O indicador também antecipa movimentos nos preços dos produtos industrializados, segundo o economista. "Aumentos ou quedas expressivas nos custos podem indicar a alta ou a redução dos preços para o consumidor no curto prazo", afirma Fonseca.
O primeiro trimestre de 2017 marca o sexto trimestre de descompressão de margens de lucro, com aumento nos custos industriais inferior ao crescimento nos preços dos produtos manufaturados. Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, os custos industriais caíram 2,2%, enquanto os preços dos manufaturados tiveram alta de 3,2%. Como os preços subiram mais do que os custos, destaca a entidade, as empresas conseguiram recompor as margens de lucro das empresas.
A valorização cambial reduziu os custos com intermediários importados e contribuiu para a contenção dos custos industriais. Por outro lado, essa valorização cambial tem efeitos negativos sobre a competitividade dos produtos brasileiros, tanto no mercado doméstico quanto no internacional.
Segundo a pesquisa, a valorização do dólar no primeiro trimestre reduziu em 4,5% os preços em reais dos produtos importados no mercado interno. Os manufaturados de outros países que concorrem com os brasileiros no mercado internacional também ficaram mais baratos em reais. Assim, os produtos nacionais ficaram relativamente mais caros e menos competitivos. A valorização do dólar reduziu em 3,3% os preços em reais dos produtos manufaturados no mercado dos Estados Unidos. "A redução dos preços dos produtos manufaturados norte-americanos junto com a estabilidade de custos industriais brasileiros indicam perda de competitividade da indústria nacional no mercado externo no trimestre", diz o documento.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO