O ouro chegou a operar em alta, mas firmou-se em território negativo após a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Janet Yellen, avaliar que uma recente desaceleração inflacionária nos Estados Unidos não deve durar muito tempo.
O ouro para entrega em setembro fechou em queda de US$ 1,80 (0,15%), a US$ 1.217,30 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Durante depoimento ao Comitê Bancário do Senado, Yellen afirmou que o mercado de trabalho mais forte e o aumento nos preços de produtos importados apoiam a expectativa dela de que a inflação ganhe força no futuro.
Os preços ao consumidor em alta podem dar ao banco central americano espaço para elevar os juros, o que tende a pressionar o ouro, já que o metal compete com investimentos que rendem retornos quando os juros sobem.
Os juros mais altos tendem a pressionar o ouro. Por outro lado, a demanda pode ser apoiada pelas incertezas políticas e pela possível volta da maior volatilidade nos mercados financeiros, segundo analistas do National Australia Bank. Eles esperam que o contrato termine 2017 em US$ 1.235 a onça-troy.