Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Agronegócios

- Publicada em 11 de Julho de 2017 às 18:10

Conab aponta safra ainda maior neste ano

Crescimento esperado nas lavouras de soja brasileiras é de 19,4%

Crescimento esperado nas lavouras de soja brasileiras é de 19,4%


ANDRÉ/ANDRÉ NETTO/ARQUIVO/JC
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem as estimativas do 10º levantamento da safra correspondente ao período 2016/17. A pesquisa foi realizada de 18 a 24 de julho em todas as regiões produtoras do País. Diferentemente dos dados divulgados em maio, que previa uma supersafra de 232 milhões de toneladas de grãos, a Conab informou que o número pode chegar a 237,2 milhões de toneladas. Uma produção recorde, com crescimento de 27,1% com relação ao período anterior.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem as estimativas do 10º levantamento da safra correspondente ao período 2016/17. A pesquisa foi realizada de 18 a 24 de julho em todas as regiões produtoras do País. Diferentemente dos dados divulgados em maio, que previa uma supersafra de 232 milhões de toneladas de grãos, a Conab informou que o número pode chegar a 237,2 milhões de toneladas. Uma produção recorde, com crescimento de 27,1% com relação ao período anterior.
Para a Conab, a supersafra se deve a condições climáticas favoráveis e ao aumento da produtividade média em todas as culturas, com destaque para o milho e a soja, considerados carros-chefe da produção de grãos no País, com alto nível de aplicação tecnológica. De acordo com a pesquisa, a soja deve crescer 19,4% e chegar a 113,9 milhões de toneladas colhidas, mantendo assim a expectativa dos números divulgados em maio. Já a produção de milho pode chegar a 96 milhões de toneladas, 44,3% acima da safra 2015/2016.
Segundo o secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Sávio Pereira, a produção de grãos no Brasil tem um impacto muito grande na economia. "O agronegócio está gerando um superávit de US$ 40 bilhões na balança comercial brasileira no primeiro semestre de 2017", disse.
Ele destacou que todos os números divulgados até agora são positivos e que o País tem um considerável estoque de alimentos. "Isso também gera um impacto positivo no preço dos produtos. A agricultura tem cooperado de forma muito efetiva com a economia do País."
O gerente de Levantamento de Safra da Conab, Cleverson Santana, alerta que a expectativa é muito positiva, mas que ainda é necessário aguardar o encerramento das colheitas para fazer um balanço geral. "As condições climáticas estão sendo muito favoráveis. Não estamos tendo nenhum problema expressivo. Contudo apenas 26% da segunda safra foi colhido. Vamos continuar monitorando. A expectativa é positiva", observou. Os números definitivos da safra serão divulgados em setembro.

Queda de 10% na área de trigo no Estado é mantida

Apesar do grande problema com as chuvas no mês de maio, que atrasaram a semeadura do trigo no Rio Grande do Sul, a redução estimada em área no Estado, conforme a Conab, se manteve em 10%. O fato confirma a expectativa da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS), que, em levantamento com as cooperativas, antes do plantio, estimava este número.
Para o presidente da entidade, Paulo Pires, a redução só não será maior devido à falta de alternativas no cultivo do inverno no Rio Grande do Sul. "Os produtores precisam da cultura alternativa no inverno, mas estas culturas, como canola, aveia, entre outras, não têm expressão econômica. Por isso a estimativa é que caia só 10%, pois, se fosse pela decepção do produtor, esta redução seria maior. Isto consolida que precisamos de uma novidade na cultura do trigo no Rio Grande do Sul", enfatiza.
Este fato, conforme Pires, solidifica o trabalho que a entidade realiza junto com a Embrapa sobre as alternativas de plantio do trigo. Neste ano, são cinco unidades demonstrativas. Em 2016, em quatro áreas experimentais, confirmou-se que a redução de custo pode chegar a até 18%.
A grande preocupação neste momento é com a falta de chuvas no Estado, que vem comprometendo o desenvolvimento da cultura. Os números de produtividade devem cair 16% em relação à safra passada, segundo a Conab, fechando em 2,7 mil quilos por hectare. "Tivemos no plantio localidades com excesso de chuvas que atrasou a semeadura. Em algumas localidades, já faz mais de 30 dias que não chove. A agricultura do Rio Grande do Sul é muito suscetível ao clima e, se tivermos condições negativas de clima, poderemos ter mais problemas na produtividade", alerta Pires.
 

Produção gaúcha deve crescer 10,2%

No Rio Grande do Sul, o levantamento da Conab aponta uma estimativa de crescimento de 10,2% da safra de grãos ante o ciclo anterior, alcançando 36,38 milhões de toneladas. O resultado representa uma elevação em relação à pesquisa anterior, divulgada em junho, que esperava crescimento de 8,8% (35,93 milhões de toneladas).
Segundo a Conab, o maior crescimento no Estado deve se dar na produção de arroz. A cultura registra uma colheita de 8,73 milhões de toneladas, alta de 18,6% em comparação com a safra 2015/2016. Já a maior queda, entre as principais lavouras, é estimada no trigo, com uma produção 24,4% melhor do que no último ciclo, alcançando 1,89 milhão de toneladas.
Na principal cultura gaúcha, a soja, os números já estão consolidados. O Estado colheu 18,71 milhões de toneladas da oleaginosa nesta safra, um aumento de 15,5% em relação ao ciclo anterior.