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Turismo

- Publicada em 07 de Julho de 2017 às 15:41

Carro é alternativa para viagens com autonomia

Após uma série de experiências por América Latina, Panamá e Estados Unidos, o empresário Franklin Silveira Vieira (40 anos) planeja a próxima viagem rumo ao Polo Norte. A princípio, nada fora do convencional, não fosse o fato de que praticamente todo o trajeto deverá ser feito de carro. "A ideia é sair de Porto Alegre, costeando o Brasil pelo Litoral, passar as Guianas, Venezuela e Colômbia, atravessar de barco até o Panamá (com o carro em um contêiner), depois ir até a Costa Rica, conhecer Belize, México, entrar nos Estados Unidos, subir até o Canadá e de lá ir até o Alasca", ilustra o empresário. "Viajar de carro, com certeza, sai mais em conta, principalmente quando vai mais gente - aí é possível dividir todos custos", opina o empresário, que coleciona histórias sobre quatro rodas além-fronteiras.
Após uma série de experiências por América Latina, Panamá e Estados Unidos, o empresário Franklin Silveira Vieira (40 anos) planeja a próxima viagem rumo ao Polo Norte. A princípio, nada fora do convencional, não fosse o fato de que praticamente todo o trajeto deverá ser feito de carro. "A ideia é sair de Porto Alegre, costeando o Brasil pelo Litoral, passar as Guianas, Venezuela e Colômbia, atravessar de barco até o Panamá (com o carro em um contêiner), depois ir até a Costa Rica, conhecer Belize, México, entrar nos Estados Unidos, subir até o Canadá e de lá ir até o Alasca", ilustra o empresário. "Viajar de carro, com certeza, sai mais em conta, principalmente quando vai mais gente - aí é possível dividir todos custos", opina o empresário, que coleciona histórias sobre quatro rodas além-fronteiras.
"Nem sempre é mais barato ir de automóvel", discorda o funcionário público Rafael da Silva (35 anos), que também é adepto de usar o próprio carro em algumas viagens mais longas. "Com as promoções de passagens de avião, o automóvel pode ser mais caro", explica Silva, apesar de concordar que, ao se deslocar de carro em uma trip, há vantagem de se curtir o processo, "de se percorrer o caminho", em vez de simplesmente ser transportado. Com um ponto de vista mediador entre as ideias, a aposentada Elizabeth Stefanello Teixeira (58 anos) vê na viagem de automóvel uma oportunidade de conhecer melhor os lugares, com tempo para passear e autonomia para decidir quando ir embora de uma cidade para outra. "É um conforto, apesar de outros tipos de transporte serem mais econômicos em alguns casos."
Recentemente, Elizabeth percorreu o Sul de Portugal e da Espanha ao lado do marido, o corretor de imóveis Cesar Teixeira (59 anos). "Foi a primeira vez em que fizemos isso pela Europa, e recomendo a experiência", diz a aposentada. Ela integra um time de brasileiros que vem crescendo, segundo pesquisa mensal do Ministério do Turismo (MTur) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que revelou crescente intenção pelo uso de automóveis durante as próximas viagens dos brasileiros.
De acordo com o levantamento, 28,6% dos entrevistados devem usar o carro nas férias, crescimento de 47% em relação a 2016. No entanto a maioria (58,9%) dos turistas ainda irá usar o avião para o deslocamento - um índice 6% maior que no ano anterior (55,6%). Segundo o levantamento, o ônibus foi único meio de transporte que registrou uma queda na preferência dos viajantes, passando de 17,2% em maio de 2016 para 11,8% neste ano. A pesquisa, realizada em maio, ouviu mais de duas mil famílias em sete capitais brasileiras: Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
"Claro que tudo vai depender das promoções das passagens aéreas, porque, hoje em dia, tem mesmo muita oportunidade neste sentido", observa Vieira. "Sem contar que, para fazer uma viagem de carro, é preciso de muito mais tempo livre. Mas, na verdade, eu acho que a principal vantagem de viajar de carro não é a economia, e, sim, a possibilidade de passar por lugares diferentes e a chance de conviver com as pessoas destes lugares", completa o empresário. Vieira pretende escrever um livro sobre os povos americanos, no retorno da sua próxima trip, que inclui a companhia da esposa, Siomara Terra, e de seus dois cães de estimação. "Na volta, iremos costear os Estados Unidos, o México, o Panamá, a Colômbia e descer toda a América do Sul pelo lado oposto ao do Brasil, passando por Peru, Bolívia, Chile e Argentina, para depois pegar a estrada para Porto Alegre", acrescenta o empresário, que vai tirar um ano sabático para cumprir o roteiro.

Revisão veicular, documentação em dia e mapa são alguns cuidados básicos

Acostumado a realizar praticamente todas as suas viagens usando o próprio carro, o empresário Franklin Silveira Vieira afirma que é preciso tomar certos cuidados para não ser pego "de surpresa" nas fronteiras do Brasil. "Para andar pela Argentina, por exemplo, tem que ter saco para morto e dois triângulos dentro do carro, e cada país tem seus critérios, então é bom pesquisar sobre estes detalhes antes de ir." Também não dá para esquecer de revisar e equipar o automóvel, lembra Vieira. Ele recomenda que o motorista leve ainda um reparador instantâneo de pneus, que evita transtornos na estrada. "Muitas vezes, pode furar um pneu em um lugar onde não tenha muito movimento, o que pode ser perigoso."
Além disso, levar um mapa ou ter a bordo um GPS é fundamental. Em situações em que o carro precisar passar por travessias em balsa, é preciso pagar taxas aos portos; e, independentemente do trajeto ou roteiro, a documentação do veículo deve estar em dia. "Para entrar nos países vizinhos ao Brasil, a carteira de motorista não é válida como documento, então é preciso ter em mãos a carteira de identidade ou passaporte", destaca o funcionário público Rafael da Silva.
Bom ficar atento ao seguro do carro, fazer uma revisão do veículo, saber exatamente para onde se vai, completa Silva. "Dependendo da estrada, o automóvel não pode ser muito baixo, se for um destino muito frio, precisa colocar aditivo no radiador para não congelar, e em alguns lugares só uma 4X4 é capaz de passar", enumera o funcionário público, que costuma viajar de carro desde que saía em férias com os pais, quando era criança.
Outra informação importante é que, para cruzar a fronteira, o carro tem que estar no nome do motorista, caso contrário é necessária autorização registrada em cartório e uma Carta Verde, documento que se compra em qualquer seguradora, e que tem custo relativo ao número de dias que se vai ficar no destino.

Aumentam os pedidos de locação de automóvel em agências de viagens

Na CVC, o aluguel de carro cresceu cerca de 33% de janeiro de 2015 a janeiro de 2016, quando a empresa passou a investir em serviços agregados. "Fica mais fácil conhecer o destino de carro. Muita gente está comprando a hotelaria conosco e, em vez de passagens, compra o serviço de locação de veículos", completa o gerente de Marketing da CVC, Julio Cesar Junior. Em média, o custo das diárias é de R$ 78,00, graças à parceria entre a empresa e locadoras.
Nos últimos anos, os gaúchos têm viajado mais com o próprio carro, principalmente para a serra gaúcha (Gramado, Canela, Aparados da Serra e Bento Gonçalves) e as praias de Santa Catarina. "Neste caso, o pessoal compra apenas a hotelaria ou algum serviço local. A gente sempre indica os pontos de parada, onde existem pedágios, e quais lugares pode-se parar para abastecer. São detalhes para os quais é preciso estar atento", explica o gerente.
A CVC indica reservar a hospedagem e os serviços locais, como passeios, antes do início da viagem. Isso pode ser feito diretamente na agência de viagem, personalizando o pacote e parcelando o pagamento. "Este é um diferencial de fechar com a agência, pois, diretamente com o hotel, muitas vezes, a condição de pagamento não é flexível, devem fazer um depósito na reserva e pagar a diferença no dia do check-out; e, fechando os passeios, não é necessário levar muito dinheiro considerando gastos extras", observa.

Dicas para viajar com segurança

Descansar a cada três horas para alongar as pernas
Levar água para se manter hidratado
Não se estressar com os imprevistos na estrada
Levar dinheiro e cartão de crédito, e não um único meio de pagamento
Calcular os gastos com combustível e pedágio antes de sair
Por questões de segurança, não viaje com todo o dinheiro na carteira
Para não cochilar ao volante, o motorista deve contar sempre com um dos passageiros acordados