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Investimento

- Publicada em 06 de Julho de 2017 às 18:40

Depósitos em poupança superam os saques

O volume de recursos que os investidores depositaram na poupança em junho, já descontados os saques, somou R$ 6,090 bilhões, informou nesta quinta-feira o Banco Central (BC). Em junho do ano passado, houve saques líquidos de R$ 3,718 bilhões. Foi a segunda captação líquida mensal registrada em 2017 e o melhor resultado para junho desde 2013, quando houve captação de R$ 9,451 bilhões.
O volume de recursos que os investidores depositaram na poupança em junho, já descontados os saques, somou R$ 6,090 bilhões, informou nesta quinta-feira o Banco Central (BC). Em junho do ano passado, houve saques líquidos de R$ 3,718 bilhões. Foi a segunda captação líquida mensal registrada em 2017 e o melhor resultado para junho desde 2013, quando houve captação de
R$ 9,451 bilhões.
Os dois últimos dias do mês (29 e 30), quando geralmente o volume de depósitos sobe em função do pagamento de salários, foram os destaques. Juntos, estes dois dias somaram R$ 4,663 bilhões em depósitos na poupança, já descontados os saques.
Em 2015 e 2016, a crise econômica acirrou os saques, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na poupança para fazer frente às despesas. Em 2017, o fenômeno voltou a acontecer, com retiradas líquidas em janeiro, fevereiro, março e abril. Em maio e em junho, porém, houve captação líquida. Nestes dois meses, os trabalhadores puderam retirar recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o que pode ter contribuído para elevar os depósitos.
De acordo com o BC, o total de aplicações na poupança em junho foi de R$ 174,539 bilhões, enquanto os saques somaram
R$ 168,449 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 675,348 bilhões, já considerando os rendimentos de
R$ 3,750 bilhões de junho.
No acumulado de 2017, a poupança registra saques líquidos de R$ 12,290 bilhões, resultado de aportes de R$ 1,001 trilhão e retiradas de R$ 1,013 trilhão. Em todo o ano passado, em meio à crise, R$ 40,702 bilhões líquidos saíram da poupança.
Além da influência da crise, a poupança vinha perdendo espaço para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 10,25% ao ano.
Já a captação líquida dos fundos de investimento alcançou
R$ 113,6 bilhões nos primeiros seis meses de 2017, representando aumento de 156,3% em relação ao mesmo período de 2016, quando estavam em R$ 44,3 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).
A captação é a maior para o primeiro semestre desde o início da série histórica da Anbima, ou seja, desde o ano de 2002. O patrimônio líquido dos fundos somava R$ 3,8 trilhões em junho deste ano, alta de 8,57% frente a dezembro do ano passado, quando estava em R$ 3,5 trilhões.
Os fundos de renda fixa e multimercados lideraram os ingressos no ano e foram responsáveis por 85% da captação líquida. Os fundos de renda fixa captaram R$ 57,5 bilhões nos primeiros seis meses do ano, enquanto os fundos multimercado, R$ 39 bilhões.

Ibovespa recua 1,08% com cenário externo e desconforto na política

O desconforto com o cenário político doméstico se somou, nesta quinta-feira, a um quadro negativo nas bolsas da Europa e dos Estados Unidos e provocou a terceira queda consecutiva do Índice Bovespa. O indicador operou em baixa durante praticamente todo o pregão e terminou o dia em queda de 1,08%, aos 62.470 pontos. A queda não foi maior devido ao desempenho amplamente positivo das ações do setor elétrico, impulsionadas pela proposta de novo modelo para o segmento.
A volatilidade dos preços do petróleo teve reflexos diretos nos negócios no Brasil. Os contratos futuros da commodity chegaram a subir cerca de 3% pela manhã, em repercussão à queda dos estoques de petróleo dos Estados Unidos, que superou as estimativas. Houve queda de 6,299 milhões de barris na última semana, ante previsão de recuo de 2,5 milhões de barris. Os estoques de gasolina e destilados também recuaram mais que o previsto. Houve, no entanto, aumento na produção.
Apesar da ausência de uma notícia de maior impacto, profissionais do mercado citaram um desconforto do investidor com a intensificação do clima de especulação com o cenário político. Esse clima foi formado por rumores de novas delações, articulações políticas e, sobretudo, pelas dificuldades do presidente Michel Temer em se manter no cargo e fazer avançar as reformas estruturais.
Importante exceção no dia foi o setor elétrico, cujas ações tiveram um pregão de altas significativas, amenizando as perdas do Ibovespa. Os papéis reagiram positivamente à proposta do Ministério de Minas e Energia de um novo modelo para o setor elétrico, que permitirá a privatização de usinas antigas que tiveram as concessões renovadas durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. No mercado à vista, o dólar terminou em alta de 0,21%, aos R$ 3,2996.
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Vendas do Carrefour crescem 6,1% no segundo trimestre

Abertura de capital da rede no Brasil pode chegar a até R$ 7,6 bilhões

Abertura de capital da rede no Brasil pode chegar a até R$ 7,6 bilhões


/VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
O Carrefour informou, nesta quinta-feira, que suas vendas totais cresceram 6,1% no segundo trimestre em relação a igual período de 2016, totalizando ¤ 21,759 bilhões. Desconsiderando-se efeitos cambiais e sazonais, além das vendas de gasolina, a receita do Carrefour subiu 2,8% na mesma comparação. No primeiro semestre, as vendas somaram ¤ 43,053 bilhões, um crescimento nominal de 6,2%, sem efeitos cambiais e sazonais, de 2,1%.
O grupo francês, no entanto, informou que, devido ao pedido para a realização de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no Brasil, "o nível de detalhe de vendas do Carrefour no segundo trimestre será limitado. A publicação usual de vendas por região será tornada pública quando o Grupo Carrefour divulgar seus resultados do primeiro semestre, em 30 de agosto de 2017", informou.
No documento com os resultados, o Carrefour disse que a França registrou uma boa performance no segundo trimestre, com vendas reportadas em alta nominal de 0,8%, a ¤ 9,942 bilhões. Sem efeitos sazonais, o avanço foi de 1,9%. "As vendas aumentaram em todos os formatos e se beneficiaram do crescimento do comércio eletrônico e do crescente impulso de lojas ex-DIA convertidas em Carrefour há mais de 12 meses."
As vendas de alimentos contribuíram para o bom desempenho da empresa na França, com aumento de 2,8% no segundo trimestre ante igual período de 2016. No primeiro semestre, as vendas na França totalizaram ¤ 19,348 bilhões, um avanço de 0,8% em termos nominais e de 1,3% sem efeitos sazonais.
Já as vendas nos demais países em que o Carrefour atua aumentaram 11,1% no segundo trimestre, para ¤ 11,817 bilhões. Desconsiderando-se efeitos cambiais e sazonais, o crescimento das vendas foi de 3,4%, impulsionado pela expansão de 3,6% das vendas de alimentos. "As vendas fora da França beneficiaram o resultado com um efeito cambial positivo de 3,4%", disse o Carrefour em comunicado.
Apesar de o Carrefour reforçar que "informações mais detalhadas sobre o desempenho nesses mercados serão dadas durante a apresentação dos resultados do primeiro semestre em 30 de agosto de 2017", o grupo disse que, no geral, o efeito do câmbio no trimestre foi favorável em 1,8%, em grande parte devido à valorização do real.
A abertura de capital do Carrefour no Brasil poderá chegar a até R$ 7,6 bilhões e ser a maior oferta desde 2013, ano em que o BB Seguridade fez sua oferta inicial de ações. Sem contar os lotes extras, a oferta poderá ficar entre R$ 4,45 bilhões e R$ 5,64 bilhões.