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indústria automotiva

- Publicada em 06 de Julho de 2017 às 18:35

Vendas de veículos crescem 13,5% em junho

Produção registrou aumento de 23,3% no primeiro semestre

Produção registrou aumento de 23,3% no primeiro semestre


/HONDA/DIVULGAÇÃO/JC
As vendas de veículos subiram 13,5% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 195 mil unidades comercializadas ante 171,8 mil em junho de 2016. Considerando o primeiro semestre, o aumento nas vendas foi de 3,7% de janeiro a junho deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Na comparação com maio, no entanto, as vendas de veículos em junho tiveram leve queda, de 0,3%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
As vendas de veículos subiram 13,5% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 195 mil unidades comercializadas ante 171,8 mil em junho de 2016. Considerando o primeiro semestre, o aumento nas vendas foi de 3,7% de janeiro a junho deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Na comparação com maio, no entanto, as vendas de veículos em junho tiveram leve queda, de 0,3%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
De acordo com o presidente da entidade, Antonio Carlos Botelho Megale, as vendas até agora indicam que a projeção feita pela Anfavea para 2017, de crescimento de 4%, deverá ser cumprida. "Começamos a ver o aumento das vendas de veículos elétricos e híbridos, que, embora com números ainda baixos, com 1.184 unidades até junho, já superam o total do ano passado inteiro." Megale também destacou que, na comparação de junho com maio, é importante levar em conta que junho teve um dia útil a menos, o que interfere no total de vendas.
A produção de veículos cresceu 23,3% no semestre, com 1.263.200 veículos montados. Em junho deste ano foram produzidas 212.300 unidades, 15,1% a mais do que em junho de 2016 (184 mil). Na comparação com maio (250,9 mil novas unidades), a produção apresentou queda de 15,4% em junho.
"Com um dia útil a menos do que no mês anterior, junho tem, pelo menos, 5,5% a menos de produção. Além disso duas empresas deram férias coletivas para ajuste de estoque e uma para ajuste na linha de produção para entrada de novos produtos. Isso é normal, algumas montadoras usam esse período do ano para isso", disse Megale.
Segundo ele, o aumento das exportações e a ligeira mudança no mix entre importados e locais também interferiu na produção. Com a venda de importados caindo, foi necessário suprir o mercado com veículos nacionais.
Com relação às exportações, junho de 2017 foi o melhor desde 2005, quando houve recorde. Segundo os dados da Anfavea, foram comercializadas no mercado externo 66.059 unidades, o que representa um aumento de 40,9% em relação a junho do ano passado. No acumulado do ano, as vendas para outros países chegaram a 372.563 unidades, 58,2% a mais do que no primeiro semestre de 2016. Entretanto, com relação a maio houve queda de 9,3%.
Os dados também mostram que estoque está em 222,7 mil unidades, o que pode ser considerado um nível estável, com capacidade para atender à demanda de 34 dias de vendas. "As fábricas estão ajustando a produção para manter um nível adequado de estoque em 30 dias. Se as vendas de julho costumam ser um pouco maiores, é natural que comece o mês com alguns dias a mais", explicou o presidente da Anfavea.
O nível de emprego no setor está estável, com pequenas variações entre as empresas. No último mês foram eliminados 300 postos de trabalho, o que representa ajustes feitos pelas montadoras. "Algumas contrataram, outras fizeram ajustes desligando, outras ficaram estáveis. É uma variação normal que acontece. Na comparação com junho do ano passado houve queda de 5% no emprego, e esperamos que, no segundo semestre, com uma possível retomada, haja possibilidade de manter o nível de emprego estável ou melhorar."
Segundo a Anfavea, em junho, 2.788 funcionários estavam em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) e 9.754 estavam no Programa de Proteção ao Emprego (PPE).
 

Alíquota para definição de IPI de automóveis pode ter critério misto, diz Megale

O presidente da Anfavea, Antonio Megale, admitiu, nesta quinta-feira, que a nova política setorial que vem sendo elaborada pelo governo federal para a indústria automobilística, batizada de Rota 2030, poderá contar com um critério misto na definição das alíquotas do IPI para os veículos, mantendo o critério atual, segundo o qual as taxas são menores para veículos de menor potência, e adicionando um critério de eficiência energética.
As conversas entre o governo e o setor para a elaboração do Rota 2030 começaram em março, e, em abril, quando as primeiras diretrizes foram divulgadas, dava-se como certo que o critério atual seria abandonado, dando lugar ao critério da eficiência energética, segundo o qual veículos mais econômicos teriam alíquotas menores. No entanto, segundo Megale, diversas alternativas estão sendo discutidas, entre elas, essa proposta mista. A ideia é que o Rota 2030 entre em vigor no início de 2018, em substituição ao Inovar-Auto, que expira no fim de 2017.
O presidente da Anfavea também comentou o acordo automotivo entre Brasil e Colômbia, que foi acertado em 2015, mas que ainda não entrou em vigor. Segundo Megale, havia a expectativa de que as regras estabelecidas passassem a valer no primeiro semestre deste ano, mas que, de última hora, houve uma "resistência inesperada" por parte do governo colombiano, o que deve atrasar a efetivação do acordo. Ele não detalhou os motivos da resistência.