E o presidente não cobrou...

O Inter precisava de medidas enérgicas após os vexames no Beira-Rio. A autoridade máxima do clube deveria se fazer presente no vestiário, questionando jogadores e comissão sobre o que impede o time de render tudo o que sua folha salarial justifica. De desculpas, acho que chega: depois de mais uma derrota vexatória, jogando absolutamente nada contra o modesto CRB, Marcelo Medeiros não precisará viajar para exigir futebol do elenco. Nem para ouvir compreensíveis vaias, hoje contra o Luverdense.

Bem ou mal, o Inter tenta reforçar um elenco que parecia não precisar disso para vencer a Série B. A menos que atacantes antes ambicionados por outros clubes - casos de Pottker e Nico - tenham desaprendido. Ou eles seriam apenas jogadores de lado, incapazes de bons desempenhos sem um pivô lá na frente? Vejo com bons olhos o nome de Grafite, não me entusiasmo com Damião, mas não existe quem chegue e resolva em uma semana. Como jamais existiu a hipótese de que, jogados 37% do campeonato, pudesse o Inter estar onde está - nem na Série A o sétimo lugar seria tolerado.

O Vitória, jogando em casa, parece ser o adversário ideal para o Grêmio prosseguir em sua feliz caminhada de 2017: bem na Libertadores, ótimo na Copa do Brasil e um digno vice-líder no Brasileirão, o time de Renato Portaluppi a cada jogo se mostra mais maduro e equilibrado. Contra a Ponte saiu atrás e, sem precipitação nem atropelos, apenas com a já costumeira entrada de Fernandinho, virou o placar. Amanhã, encara um time desesperado, frente a uma torcida inconformada com a penúltima posição na tabela. Bastará paciência para o Tricolor armar uma goleada.

Temos o papelão colorado, é verdade, a má campanha do Brasil de Pelotas, que nem mesmo no Bento Freitas impõe respeito, mas a Série B nos compensa com o brilho do Ju, que parece consolidado no G-4. Tenho certeza da recuperação do Inter, e na permanência do Xavante longe do Z-4. Na Série D, o São José fez bonito, chegou as oitavas de final com a vitória sobre o Brusque (SC). Àqueles quer acham que é pouco, esse Brusque empatou duas vezes com o poderoso Corinthians e somente nos pênaltis perdeu a vaga na Copa do Brasil. Vai Zequinha!

O dr. Plínio Paulo Bing tem 86 anos e profundo conhecimento do futebol, que praticou como juvenil do Grêmio, nos idos de 1948. Ele me honrou com preciosas considerações, que terei prazer em dividir com quem solicitar ao e-mail da coluna. *** Em 2014, Celso Roth trabalhou por quatro meses no Coritiba, em 2015, dois meses no Vasco, em 2016, três meses no Inter. Está parado, mas bem de vida. E o Brasileirão está aí, com seus incêndios localizados... *** Desprestigiado está Eduardo Baptista: começou o ano no Palmeiras, foi demitido, abrigou-se no Atlético-PR e após dois meses está desempregado outra vez.