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Empresas & Negócios

- Publicada em 10 de Julho de 2017 às 11:01

FLC aposta em inovação para ganhar market share

Paulo Mundel

Paulo Mundel


FLC/DIVULGAÇÃO/JC
Carolina Hickmann
O mercado de lâmpadas de LED passa por regulamentações severas que visam a consolidação do produto no País. A FLC, primeira e única fabricante brasileira de lâmpadas até 2014, quando foi vendida ao fundo Victoria Capital Partners, apesar de não produzir mais no País está totalmente voltada ao mercado brasileiro para aproveitar a vantagem conquistada por já ter seus produtos de LED regulamentados pelo Inmetro. Mesmo com 28% de market share, segundo seu diretor de marketing e vendas, Paulo Mündel, a empresa não está satisfeita e tenta conquistar uma fatia maior de mercado.
O mercado de lâmpadas de LED passa por regulamentações severas que visam a consolidação do produto no País. A FLC, primeira e única fabricante brasileira de lâmpadas até 2014, quando foi vendida ao fundo Victoria Capital Partners, apesar de não produzir mais no País está totalmente voltada ao mercado brasileiro para aproveitar a vantagem conquistada por já ter seus produtos de LED regulamentados pelo Inmetro. Mesmo com 28% de market share, segundo seu diretor de marketing e vendas, Paulo Mündel, a empresa não está satisfeita e tenta conquistar uma fatia maior de mercado.
A aposta da FLC é no conceito de Internet das Coisas (IoT, nas sigla em inglês), pelo qual é possível automatizar lâmpadas sem a necessidade de sistemas complexos. A tecnologia segue a megatendência de conectividade, ao permitir o controle da luminosidade pelo smartphone. Mais do que isso, a inovação também agrega valor aos produtos em um momento de retração de consumo. Uma lâmpada com a tecnologia tem preço sugerido entre R$ 99,00 e R$ 119,00, enquanto as LEDs comuns podem ser encontradas por cerca de R$ 20,00. Mesmo com o desenvolvimento do setor e das suas tecnologias, as lâmpadas LED ainda não são hegemônicas em consumo. Atualmente, 70% do faturamento anual da FLC é composto pelas lâmpadas eletrônicas.
JC Empresas & Negócios - O consumidor brasileiro já assimilou as lâmpadas de LED?
Paulo Mündel - Com certeza. Uma das coisas que são muito relevantes é o trabalho do Inmetro, que editou uma portaria de normatização em março de 2015 sobre lâmpadas de LED. Em fevereiro de 2016 foi proibida a importação de produtos não certificados. Em outubro de 2016, em nova ação do Inmetro, foi proibida a venda de produtos sem certificação.
Empresas & Negócios - Como fica a FLC nesse contexto?
Mündel - Existe esclarecimentos que devem ser feitos nas embalagens. O importante é que a FLC foi das primeiras a ter seus produtos certificados. Uma preocupação que temos, e divulgamos em nossas mídias sociais, é que o consumidor olhe se o produto está com o certificado do Inmetro e quais são as suas especificações técnicas. Por exemplo, o que ilumina na verdade são os lumens. O brasileiro ainda está acostumado a comprar lâmpadas por Watts, que na verdade significa se você pagará mais ou menos em sua conta de energia. Precisamos desenvolver esse conhecimento.
Empresas & Negócios - Qual a diferença das lâmpadas incandescentes das de LED?
Mündel - Para se ter uma ideia, uma lâmpada de 60 Watts incandescente, equivale a uma de LED de 8 Watts. Atualmente, então, se paga muito menos na conta de energia em razão das lâmpadas. O consumo é bastante menor e a durabilidade de uma lâmpada de LED é muito maior do que uma lâmpada incandescente. Uma lâmpada de LED deve durar cerca de 25 mil horas, enquanto o modelo de antigamente durava mil horas.
Empresas & Negócios - E em questão de aplicação, qual a mais usual e quais as possibilidades?
Mündel - Trabalhamos com três categorias: Casa e Escritório, com lâmpadas mais corriqueiras como bulbos e tubulares; uma categoria de Decor, com lâmpadas velas; na linha profissional temos uma área dedicada ao coorporativo com refletores e iluminação de galpões, pátios e estacionamentos. A que disparado conta com um consumo maior e uma maior importância é linha Casa e Escritório, por ser o uso do dia a dia.
Empresas & Negócios - Alguma parte da produção ainda é nacional?
Mündel - Temos uma parte do nosso escritório na China e lá fazemos toda a nossa produção. Saímos do Brasil por uma estratégia da empresa. Hoje estamos focados 100% no mercado brasileiro devido a ele ser um dos maiores da América Latina e temos muito a fazer por aqui em sentindo de desenvolvimento. Por isso os nossos planos estão voltados ao mercado interno.
Empresas & Negócios - Mas qual é o atual share de mercado?
Mündel - O segmento aqui é dividido em alimentar e não alimentar. A Nielsen só faz a leitura do mercado alimentar. De forma técnica e com um instituto internacional que dá condições de te responder propriamente, o nosso share de mercado é de 28%.
Empresas & Negócios - Este era o número previsto pelo plano da empresa?
Mündel - Na verdade sempre queremos mais, nunca estaremos contentes com o que temos. Mas, em qualquer mercado que você atue, ter mais de 25% de market share é extremamente considerável. Fazemos a nossa revisão de plano de negócios com metas de três a cinco anos, e obviamente colocamos como meta o crescimento e abocanhar uma fatia sempre maior. Diria que hoje estamos bastante contentes com essa participação agressiva de 28%.
Empresas & Negócios - Quais estratégias vão permitir um maior share?
Mündel - Valorizamos a questão da Internet das Coisas (IoT). Temos uma lâmpada, chamada Smart Bluetooth, que pareia as lâmpadas através do celular. Aquele negócio de comprar sistema de automação e tudo mais acabou. Hoje conseguimos simplificar para o consumidor final através de uma única lâmpada. Além disso desenvolvemos uma luminária portátil, também com bluetooth que funciona como relógio, conta com bateria recarregável. Se você deixou seu celular carregando no outro cômodo e recebe uma ligação não precisa correr, você pode atender pela luminária. O preço sugerido para este produto é de R$ 299,00.
Empresas & Negócios - E a saúde financeira da empresa durante a crise foi garantida por esses produtos?
Mündel - Sim. Em 2014 a empresa foi adquirida pelo fundo de investimentos Victoria Capital Partners, o que nos garante acompanhamento do conselho da empresa. Obviamente o mercado está bastante desafiador, e é por isso que investimos tanto em inovação. O diferencial é um fator importante em um segmento difícil como esse. A FLC tem uma boa capilaridade e com isso conseguimos fazer com que a empresa tenha um caminho longo a percorrer.
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