Ministro minimiza corte para Fundo da Amazônia

Após a gafe do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PMDB), na Noruega, onde disse que só Deus poderia garantir a redução do desmatamento na Amazônia, depois que o governo local anunciou corte pela metade do valor destinado ao Fundo da Amazônia em razão do aumento do desmatamento, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) brasileiro convocou coletiva neste sábado para esclarecimentos. Mas pouco acrescentou de novo.

Sarney Filho disse que, ao fim do ano, a redução pode ser diferente do que a anunciada, e voltou a culpar o governo anterior pelos números negativos. O governo norueguês anunciou que diminuirá o valor de R$ 400 milhões para R$ 200 milhões, durante a viagem oficial do presidente Temer ao país.

O Ministério do Meio Ambiente brasileiro apresentou nota do Ministério do Clima e do Meio Ambiente da Noruega divulgada na sexta-feira, dizendo que o pagamento será reduzido porque as regras do Fundo da Amazônia preveem isso quando há aumento do desmatamento no ano anterior, ou seja, 2016. Afirma ainda que os números do ano passado ainda são preliminares. Assim, prossegue o documento do ministério da Noruega, a contribuição "será decidida apenas no fim deste ano após os números de desmatamento serem confirmados".

"Isso é automático, não teve política, não teve repressão, nada disso. Aumentou o desmatamento, diminui o repasse. Diminui o desmatamento, aumenta o repasse", diz Sarney Filho.