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Política

- Publicada em 25 de Junho de 2017 às 18:18

Antes de denúncia, Temer reúne núcleo político

O presidente Michel Temer (PMDB) reuniu o núcleo político de seu governo no Palácio da Alvorada no início da noite deste domingo, às vésperas de a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar à Câmara dos Deputados denúncia sobre ele.
O presidente Michel Temer (PMDB) reuniu o núcleo político de seu governo no Palácio da Alvorada no início da noite deste domingo, às vésperas de a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar à Câmara dos Deputados denúncia sobre ele.
Temer retornou no sábado da Europa, onde cumpriu agenda oficial durante a semana. No final da manhã de domingo, ele recebeu no Palácio do Jaburu os ministros Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral, e Grace Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU). 
Procurados na tarde de domingo, os principais líderes partidários da base aliada disseram que ainda não estavam em Brasília e, por isso, não participariam do encontro. Estiveram na reunião os ministros Moreira Franco, Antonio Imbassahy (PSDB), da Secretaria de Governo, Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, e Aloysio Nunes (PSDB), de Relações Exteriores, os líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Congresso, André Moura (PSC-SE), além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiu a Presidência da República durante o tempo em que Temer esteve fora do País.
A expectativa é que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente nesta semana a denúncia contra Michel Temer, alvo de gravação e delação da cúpula do grupo J&F, que controla a JBS.
O trâmite da denúncia na Câmara tem início na Comissão de Comissão e Justiça (CCJ) da Câmara, colegiado em que o governo tem maioria. A comissão conta com um prazo de até 15 sessões: dez para defesa do presidente e cinco para apresentar do parecer.
A ideia do governo é usar só três sessões para a defesa, pressionando o relator a agilizar a conclusão do parecer.
O relator que irá redigir este parecer ainda não foi definido. Os nomes mais fortes até o momento são os dos peemedebistas gaúchos Alceu Moreira e Jones Martins. Ambos tiveram parte de suas campanhas em 2014 financiadas por Michel Temer, segunda uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Reportagem publicada neste domingo mostra também que parte dos deputados que vão julgar a procedência da denúncia que a Procuradoria-Geral da República deve apresentar sobre Michel Temer já foi no mínimo citada em planilhas de pagamentos ou nas delações da Odebrecht e da JBS.
Tanto planilhas quanto delatores relacionaram políticos ao esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
Um quinto dos 66 titulares da CCJ foi ao menos mencionado nessas delações ou nas planilhas de propina. Dos 14 congressistas do colegiado que aparecem nesse contexto, dois tiveram seus casos arquivados: Esperidião Amin (PP-SC) e Paulo Maluf (PP-SP).
No encontro que teve pela manhã, o presidente garantiu à ministra Grace Mendonça sua continuidade no cargo. O peemedebista afirmou que nunca cogitou tirá-la do posto e elogiou o trabalho dela.
No fim de semana, ele já havia telefonado para a ministra para negar a intenção de fazer uma mudança na pasta.
Na semana passada, o entorno do presidente afirmava que ele avaliava colocar o subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo Vale Rocha, no comando da AGU. A intenção era colocar alguém com maior trânsito político no cargo para defendê-lo diante da possibilidade de Rodrigo Janot apresentar uma denúncia contra ele.
Em conversas reservadas no fim de semana, no entanto, o peemedebista negou essa possibilidade e disse que estava satisfeito com a atuação da ministra.
 
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