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Política

- Publicada em 12 de Junho de 2017 às 20:12

Delação da JBS divide candidatos à sucessão de Rodrigo Janot

Os termos da delação premiada entre o Ministério Público Federal (MPF) e os irmãos Joesley e Wesley Batista dividem os candidatos à procurador-geral da República. O novo procurador, que assumirá em setembro, quando vence o mandato de Rodrigo Janot, será indicado pelo presidente da República - que, atualmente, é investigado pela instituição. Dentre os oito candidatos à chefia do MPF, metade é considerada de oposição a Janot: Carlos Frederico Santos, Raquel Dodge, Eitel Santiago e Sandra Cureau. A outra metade tem o aliado do atual procurador-geral, Nicolao Dino, e candidatos que apresentam críticas moderadas à gestão: Mario Bonsaglia, Ela Wiecko e Franklin da Costa.
Os termos da delação premiada entre o Ministério Público Federal (MPF) e os irmãos Joesley e Wesley Batista dividem os candidatos à procurador-geral da República. O novo procurador, que assumirá em setembro, quando vence o mandato de Rodrigo Janot, será indicado pelo presidente da República - que, atualmente, é investigado pela instituição. Dentre os oito candidatos à chefia do MPF, metade é considerada de oposição a Janot: Carlos Frederico Santos, Raquel Dodge, Eitel Santiago e Sandra Cureau. A outra metade tem o aliado do atual procurador-geral, Nicolao Dino, e candidatos que apresentam críticas moderadas à gestão: Mario Bonsaglia, Ela Wiecko e Franklin da Costa.
Caso as tentativas de desconstrução do acordo tenham sucesso, o discurso dos adversários do grupo de Janot ficará fortalecido. Entretanto, dentre os candidatos, apenas Eitel Santiago assumiu abertamente a possibilidade de pedir "retratação" do acordo. Sandra Cureau criticou a concessão de imunidade penal a determinados investigados. "Pessoas que confessam crimes de grande magnitude devem ser punidas." Carlos Frederico reconheceu que o perdão é previsto em lei, mas que não concorda que o "perdão seja condescendente com a permanência de um enriquecimento fundado na sangria dos cofres públicos". Os outros candidatos citaram a possibilidade de acordos serem revistos, mas deixaram claro que a Procuradoria é só uma parte do acordo e a homologação passa pelo Poder Judiciário. Franklin da Costa rechaçou uma possível rescisão do acordo. "Se o fizéssemos, o instituto da colaboração cairia em descrédito."
Principal trunfo das gestões Janot e, portanto, bandeira do aliado Dino, a condução da Lava Jato perante o Supremo Tribunal Federal é alvo de ataque direto apenas do candidato Carlos Frederico. Para o subprocurador, a atuação da Procuradoria-Geral da República "não tem se demonstrado eficaz" e será necessário, caso ele assuma o cargo, uma "mudança na forma de agir, visando a resultados concretos", uma vez que "divulgar listas não significa condenação dos investigados". Dino não negou que a "hora presente exige esforços no campo penal", mas disse que outras agendas também têm "relevância".
Sobre o destaque na área criminal, em especial no combate à corrupção, os candidatos ponderaram sobre a necessidade de empenhar esforços em outros setores. Para Ela Wiecko, "há questões importantes que dizem respeito ao patrimônio público, ambiental e social, que está sendo dilapidado".
 
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