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Política

- Publicada em 08 de Junho de 2017 às 16:40

STF avalia se as delações serão revistas no plenário

Para colegas do supremo, Edson Fachin tem perfil 'mais individual'

Para colegas do supremo, Edson Fachin tem perfil 'mais individual'


ANTONIO CRUZ/ANTONIO CRUZ/ABR/JC
Após as polêmicas em torno da delação premiada da JBS, apontada como benevolente demais para os executivos da empresa, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se o plenário pode rever cláusulas de acordos fechados e qual seria o momento adequado para fazer isso. O tema está numa questão de ordem enviada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, que homologou a colaboração da JBS.
Após as polêmicas em torno da delação premiada da JBS, apontada como benevolente demais para os executivos da empresa, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se o plenário pode rever cláusulas de acordos fechados e qual seria o momento adequado para fazer isso. O tema está numa questão de ordem enviada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, que homologou a colaboração da JBS.
Fachin vem sendo alvo de críticas por parte de colegas desde que as delações atingindo o presidente Michel Temer (PMDB) foram tornadas públicas. O ministro Gilmar Mendes já defendeu que, embora a lei determine ao juiz homologar os acordos de colaboração, seria mais adequado, no caso de um tribunal, como o STF, submeter a matéria ao colegiado, ou seja, a todos os ministros.
Também foi encaminhado por Fachin ao plenário um recurso que questiona se a preferência para relatar as colaborações da JBS é dele, de fato, ou se o processo teria de ser redistribuído. A defesa do presidente Michel Temer alega que os fatos narrados pelos executivos da empresa não têm relação com a Lava Jato, o que tiraria Fachin da condição de prevento, ou seja, definido previamente como relator do caso. Uma redistribuição teria que ser feita, se for esse o entendimento.
A postura de Fachin, de tomar decisões monocráticas sem ouvir o plenário, tem causado reclamações na Corte. Ele é comparado ao relator da Lava Jato anterior, Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em janeiro. Zavascki tinha o hábito de submeter suas decisões mais polêmicas ao plenário. Já Fachin tem um perfil mais individual e, segundo bastidores do Supremo, não costuma consultar colegas antes dos despachos.
 
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