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Política

- Publicada em 06 de Junho de 2017 às 17:52

Henrique Alves recebeu R$ 7,15 mi em propinas

Henrique Eduardo Alves é suspeito de ter cometido crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Henrique Eduardo Alves é suspeito de ter cometido crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.


RENATO ARAÚJO/AGÊNCIA CÂMARA/JC
Preso na manhã desta terça-feira, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves é suspeito de ter recebido R$ 7,15 milhões em propinas, diretamente ou por meio do diretório estadual do PMDB do Rio Grande do Norte. O ex-ministro e ex-presidente da Câmara saiu de casa sob vaias e gritos de "ladrão".
Preso na manhã desta terça-feira, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves é suspeito de ter recebido R$ 7,15 milhões em propinas, diretamente ou por meio do diretório estadual do PMDB do Rio Grande do Norte. O ex-ministro e ex-presidente da Câmara saiu de casa sob vaias e gritos de "ladrão".
Alves foi conduzido para a sede da Polícia Federal (PF) em Natal e deverá permanecer preso no Rio Grande do Norte, sob suspeita de ter cometido crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação do Ministério Público Federal (MPF), o ex-deputado teria se beneficiado de contratos com empreiteiras. O principal deles é o da construção da Arena das Dunas, em Natal, pela OAS. Há indícios de ação constante de Alves para dificultar a apuração de irregularidades nessa obra que teriam atrasado a apuração dos desvios.
"Esses acordos tinham como pano de fundo trocas de vantagens indevidas. Percebeu-se manobra fraudulenta para que o dinheiro não fosse para campanhas. Dinheiro que ingressava com roupagens de doação, mas que teve como destino o próprio candidato. Para dar aparência de legalidade, foram montadas prestações de conta que são ficções, por meio de empresas-laranja que não prestaram serviço", afirmou o delegado da Polícia Federal Santiago Hounie.
De acordo com a PF, a OAS pagou R$ 650 mil diretamente a Alves e R$ 3 milhões ao diretório estadual do PMDB. A Odebrecht, por meio de caixa-2, pagou outros R$ 3 milhões. A Carioca Engenharia repassou R$ 400 mil a ele e a Andrade Gutierrez, R$ 100 mil.
Parte dos recursos teria sido sacada na véspera das eleições ao governo do Rio Grande do Norte e sido usada para compra de votos e apoio político, segundo o procurador da República Rodrigo Teles.
Procuradas pela reportagem, OAS e Carioca Engenharia informaram que não vão se manifestar sobre o assunto. A Andrade Gutierrez, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que segue colaborando com as investigações e "reforça seu compromisso público de esclarecer e corrigir todos os fatos irregulares ocorridos no passado".
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