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Opinião

- Publicada em 21 de Junho de 2017 às 17:15

Exportações surpreendem e batem recorde em 2017

Em meio à crise política e econômica no País, pode-se destacar algum motivo de comedida euforia. É o caso das exportações, que têm batido recorde mês a mês e com projeção de superávit de US$ 63 bilhões na balança comercial neste ano de 2017.
Em meio à crise política e econômica no País, pode-se destacar algum motivo de comedida euforia. É o caso das exportações, que têm batido recorde mês a mês e com projeção de superávit de US$ 63 bilhões na balança comercial neste ano de 2017.
Por isso, é de se festejar quando o comércio exterior brasileiro registrou novo superávit recorde mensal em maio, de US$ 7,6 bilhões, ou cerca de R$ 25 bilhões. Segundo o Índice de Comércio Exterior da Fundação Getulio Vargas (FGV), no acumulado do ano, foi anotado um recorde, com US$ 29 bilhões, ou seja, aproximadamente R$ 95 bilhões.Ainda segundo a FGV, em termos de valor, as exportações cresceram 13% em maio na comparação com o mesmo período de 2016.
Os principais produtos exportados foram soja, minério de ferro e petróleo, mostrando a importância das commodities, que são matérias-primas cujos preços são determinados pela oferta e demanda mundial. Neste caso, é muito bom, especificamente, para o Rio Grande do Sul.
Entre as manufaturas, a surpresa veio pelo fato de que o principal destaque da exportação no setor ficou com os automóveis, cujas vendas cresceram 60% de maio de 2016 para maio deste ano, e agora representam 3,1% do total exportado pelo Brasil.
Segundo a FGV, o bom desempenho das exportações brasileiras pode ser explicado tanto pelo aumento nos preços de cada produto, em média 13%, quanto pelo volume, ou seja, pela quantidade de itens exportados, com mais 9%.
Apesar do volume de importações, a quantidade de itens importados também ter crescido 13% até mais do que as exportações entre maio de 2016 e maio de 2017, o valor total das importações não aumentou tanto - ficando em 9% - quanto o das exportações - que chegaram a 13% -, por conta da queda no preço dos produtos importados, com menos 1,6%.
Se, há alguns anos, o preço alto das commodities permitiu ao Brasil amealhar em torno de US$ 300 bilhões nas reservas cambiais internacionais, não será surpresa se a alta - ainda pequena - que está se verificando no valor das commodities traga, novamente, uma boa perspectiva para a economia do País. E seria em um momento mais do que necessário, tal a desordem que se verifica em meio a tantas acusações, delações e instabilidade, que desagregam os mecanismos de administração e produção nacionais, o que é mais do que lastimável.
No passado, uma das frases preferidas do então ministro Delfim Netto era que "exportar é o que importa". Um pequeno trocadilho na valorização das vendas externas brasileiras. No entanto, apesar de muito importante, a produção primária e de manufaturados deve continuar fundamental, mas o Brasil precisa avançar no aprimoramento tecnológico.
Está claro que os países que dominam a tecnologia estão mais adiante do que os demais, incluindo-se aí a China e os Estados Unidos, embora o gigante da América do Norte não seja uma surpresa, eis que há décadas vem liderando a economia global.
De qualquer modo, o importante é que tivemos um robusto superávit nos cinco primeiros meses de 2017. O ideal é que ele seja mantido, a fim de equilibrar as contas do País e permitir que os compromissos financeiros internacionais sejam honrados, mantendo a liquidez, importante em momentos de crise como a que ainda estamos vivenciando.
O rumo está dado e, novamente, sem dúvidas, exportar é o que importa. Quando mais vendermos a outros países, mais empregos serão mantidos aqui. Ou, melhor ainda, novas vagas serão criadas.
 
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