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Opinião

- Publicada em 20 de Junho de 2017 às 16:18

O monopólio dos Correios

Constantemente discutimos a respeito do chamado "custo Brasil", que é composto não somente pela ineficiência logística e infraestrutura precária, mas também pela grande burocracia e intervenção estatal. O Estado não interfere apenas por meio de sua inacabável e complexa legislação, que trava as operações logísticas no Brasil, mas também pelo monopólio da entrega de correspondências.
Constantemente discutimos a respeito do chamado "custo Brasil", que é composto não somente pela ineficiência logística e infraestrutura precária, mas também pela grande burocracia e intervenção estatal. O Estado não interfere apenas por meio de sua inacabável e complexa legislação, que trava as operações logísticas no Brasil, mas também pelo monopólio da entrega de correspondências.
A logística envolve todos os negócios, desde a entrega dos produtos até o envio e recebimento de cobranças e documentos. Mesmo com a crescimento da internet, ainda somos muito dependentes de empresas especializadas nesse ramo. No segmento de entrega de correspondências, ficamos nas mãos dos Correios, uma empresa pública, inchada e ineficiente que oferece serviços com baixa relação entre custo e benefício. É importante lembrar que, por ser uma empresa pública, os Correios sofrem forte intervenção política - viram moeda de troca para acomodar indicações políticas em cargos de direção. Em 2014 foi utilizado pelo governo para entrega de material de campanha da então presidente, entre outros casos de corrupção e CPIs. Aí nos perguntamos: por que o Estado precisa gerenciar uma empresa de logística? Será que essa é uma função primordial para a sociedade? Sofremos com greves, aumento de preços e intervenções estatais nos Correios, o que não ocorre em empresas privadas. Ao contrário, empresas desse segmento são exemplos de eficiência.
Os Correios detêm o monopólio garantido por lei para entrega de correspondências pessoais e comerciais, além da emissão de selos. Em mercado monopolístico não teremos uma boa equação entre qualidade e preço. Mesmo com a exclusividade nesse mercado gigante, os Correios tiveram prejuízo anual de R$ 2 bilhões nos últimos dois anos, lançaram um plano de demissões voluntárias e fecharam diversas agências, evidenciando a necessidade de privatização. Mas precisamos não somente privatizar; necessitamos de um mercado livre e aberto à concorrência. Somente assim teremos serviços mais baratos e melhores.
Empresário e associado do IEE
 
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