Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 16 de Junho de 2017 às 18:11

Esqueçam os livros

Léo Ustárroz
Há alguns anos, Porto Alegre lançou o projeto "Estante Pública", que incentivava a troca de livros em paradas de ônibus. Entre os motivos da descontinuidade estão desde a baixa adesão de doadores, até a coleta daqueles livros para comercializá-los como papel. Tal projeto alinhava-se ao "bookcrossing", surgido nos EUA em 2001, consistindo na prática de deixar um livro em local público para ser encontrado e lido por outros leitores, que replicariam a ação. Através desse compartilhamento, o acesso à leitura seria ampliado e quem sabe? universalizado.
Há alguns anos, Porto Alegre lançou o projeto "Estante Pública", que incentivava a troca de livros em paradas de ônibus. Entre os motivos da descontinuidade estão desde a baixa adesão de doadores, até a coleta daqueles livros para comercializá-los como papel. Tal projeto alinhava-se ao "bookcrossing", surgido nos EUA em 2001, consistindo na prática de deixar um livro em local público para ser encontrado e lido por outros leitores, que replicariam a ação. Através desse compartilhamento, o acesso à leitura seria ampliado e quem sabe? universalizado.
No Brasil, desde 2013, várias ações têm sido feitas em São Paulo, quase sempre por iniciativas pessoais. Recentemente, a criação da página do Facebook (@EsquecaUmLivroOficial) tem motivado adesões e eventos de "esquecimento" em maior escala, que se estendem pelo País afora. O tamanho da ação varia desde uma grande e visível intervenção urbana, envolvendo variados agentes e muitos livros, até uma singela iniciativa pessoal de "esquecer" apenas um livro em local público.
Em tempos que pedem compartilhamentos (moradia, carros e o que vem por aí), quem sabe nos desapegamos dos livros esquecidos em nossas estantes, e compartilhamos mais do que eles próprios, mas a oportunidade de leitura e desenvolvimento pessoal. Afinal, não há como discordar de Mario Quintana quando disse que "Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas".
Então? Vamos esquecê-los por aí?
Empresário e escritor
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO