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Opinião

- Publicada em 07 de Junho de 2017 às 16:18

Donald Trump ignora Acordo de Paris e preocupa

Com Donald Trump na Casa Branca, a monotonia é algo que não vinga em Washington. Em consequência, no resto do mundo, passando por Moscou, Berlim e, agora, Paris, são muitas emoções. O aquecimento global é uma realidade, e o uso do carvão para termelétricas vem sendo contestado por muitos. Mesmo assim, no Japão, o governador José Ivo Sartori (PMDB) e comitiva buscam trazer para o Rio Grande do Sul geração de energia a carvão, porém com tecnologia de baixo impacto, justamente como querem os países que assinaram o Acordo de Paris, agora refutado pelos Estados Unidos da América (EUA), de Trump.
Com Donald Trump na Casa Branca, a monotonia é algo que não vinga em Washington. Em consequência, no resto do mundo, passando por Moscou, Berlim e, agora, Paris, são muitas emoções. O aquecimento global é uma realidade, e o uso do carvão para termelétricas vem sendo contestado por muitos. Mesmo assim, no Japão, o governador José Ivo Sartori (PMDB) e comitiva buscam trazer para o Rio Grande do Sul geração de energia a carvão, porém com tecnologia de baixo impacto, justamente como querem os países que assinaram o Acordo de Paris, agora refutado pelos Estados Unidos da América (EUA), de Trump.
Foi por isso que o Brasil, junto a outros 170 países, justamente no Dia da Terra, assinou o Acordo de Paris, na capital francesa, confirmado em Nova Iorque, no dia 22 de abril de 2015, que visa limitar o aquecimento da temperatura média global em até 2°C. A verdade é que, ao contrário do que apregoa o falastrão Donald Trump, temos, sim, mudanças do clima em termos globais. Mesmo assim, dia 1 de junho passado, ele proclamou que os Estados Unidos sairão do Acordo de Paris, se ele não for modificado. Apesar disso, 10 estados norte-americanos criaram o movimento Aliança do Clima e continuarão seguindo as regras de Paris, por conta própria. Mas, no contexto da poluição produzida pelos EUA, pouco representam.
A então presidente Dilma Rousseff (PT) e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, uniram-se a dezenas de líderes mundiais para a cerimônia de assinatura, que representou um recorde para a diplomacia internacional: nunca antes tantos países assinaram um acordo no primeiro dia disponível para isso. Na época secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon afirmou que o mundo estava em uma corrida contra o tempo. Bradou, convicto, que "A era do consumo sem consequências acabou", uma verdade. O Acordo de Paris deve entrar em vigor, oficial e definitivamente, em 2020. Alguns querem que isso aconteça até neste ano, o que seria desejável. Mas a saída dos EUA abriu uma lacuna que debilita os esforços mundiais para debelar ou, pelo menos, diminuir a poluição do ar que respiramos e que causa o aquecimento global.
A China, o principal emissor de carbono do mundo, finalizou os procedimentos domésticos para ratificar o Acordo de Paris antes mesmo da cúpula do G-20, o que, de fato, aconteceu. No governo de Barack Obama, os EUA também disseram ter a intenção de ratificar o acordo em seguida, o que foi malogrado, totalmente, agora. O mundo já então observava com ansiedade para que Washington ratificasse o Acordo de Paris com Obama, antecipando a reviravolta que Donald Trump, eleito, daria, como ocorreu. Trump diz que quer apenas mudar os termos do Acordo de Paris, a fim de proteger os produtores de carvão norte-americanos, que o pressionaram bastante, na terra onde o capitalismo impera, como todos sabem. O Acordo de Paris, a resposta mundial às temperaturas em ascensão, ao aumento dos níveis dos mares e a outros impactos da mudança climática, é um grande avanço nas negociações do clima da ONU. Elas, durante anos, caminharam lentamente por causa de disputas entre os países ricos e pobres sobre quais responsabilidades cabiam a cada um dos grupos. Os ricos detêm o poder, é claro.
Sob o acordo, os países estabelecem suas próprias metas para a redução de emissões de dióxido de carbono e de outros gases do efeito estufa. As metas não são legalmente vinculantes - de implementação obrigatória -, mas os países devem atualizá-las a cada cinco anos. Evitar a poluição atmosférica e pensar no futuro da Terra e dos nossos descendentes, é, incomensuravelmente, o melhor do Acordo de Paris.
 
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