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Opinião

- Publicada em 07 de Junho de 2017 às 14:57

Sem medo de quebrar o vidro

O artigo 81 da Constituição determina que, com menos de dois anos para o fim do mandato, assume interinamente o presidente da Câmara e o Congresso elege o novo presidente em 30 dias depois da vacância do cargo. Esse é o trajeto democrático da Constituição. Como disse Churchill, a democracia é o pior dos regimes, com exceção de todos os outros. O discurso da eleição direta é mais uma bravata na pseudodiscussão que tentam nos impor. É claro que o impeachment de Michel Temer (PMDB) é tão necessário quanto foi o da sua parceira e antecessora. Mas a que serve incendiar prédios públicos? À democracia? Creio que não.
O artigo 81 da Constituição determina que, com menos de dois anos para o fim do mandato, assume interinamente o presidente da Câmara e o Congresso elege o novo presidente em 30 dias depois da vacância do cargo. Esse é o trajeto democrático da Constituição. Como disse Churchill, a democracia é o pior dos regimes, com exceção de todos os outros. O discurso da eleição direta é mais uma bravata na pseudodiscussão que tentam nos impor. É claro que o impeachment de Michel Temer (PMDB) é tão necessário quanto foi o da sua parceira e antecessora. Mas a que serve incendiar prédios públicos? À democracia? Creio que não.
A metáfora "o Brasil está pegando fogo" tornou-se descrição da realidade. Já se sente o ardor de uma conflagração. Não se sabe ainda o tamanho da chama tampouco o dano que pode causar, mas o fogo não pode prosperar. É preciso tomar a mangueira guardada no armário de vidro.
Ostentada e disponível, ela transmite uma sensação de segurança e conforto moral para quem a enxerga. Mas mangueiras não são amuletos. São ferramentas que, apesar da esperança de jamais serem necessárias, devem estar prontas para o uso. Um incêndio é uma situação aterrorizante, um desafio para a paciência, mas é necessário seguir o protocolo, pegar a mangueira e apagar o fogo.
Se o Brasil fosse um país de valores cívicos elevados, o presidente Michel Temer teria renunciado. Mas, não! Enquanto o fogo se alastra, ameaça apegar-se à cadeira que o golpe militar republicano transformou em trono mágico. Poderá morrer queimado, mas o Brasil não precisa queimar também. A nossa mangueira é a Constituição Federal e os seus remédios. Ela está lá em um armário do qual é preciso apenas quebrar o vidro da porta. Se tivermos medo de cortar a mão, o fogo dominará. Mas, aí, vamos ter que chamar os bombeiros.
Vereador (Pros) de Porto Alegre
 
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