Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 06 de Junho de 2017 às 16:08

Bloqueio prolongado

As crises política e econômica se retroalimentam desde 2013 no Brasil, com pequenas variações no grau de protagonismo de cada uma delas. As consequências disso no cotidiano do setor produtivo são cada vez mais alarmantes. Para quem segue pensando em soluções para alavancar o desenvolvimento do País é triste ver o planejamento em infraestrutura bater cabeça, enquanto o custo logístico da produção brasileira vai às alturas, tornando nossa economia menos competitiva no cenário internacional. Apenas para citar casos recentes, a União apresentou dois projetos de concessões com flagrantes problemas de concepção técnica: o da BR--163, entre o Mato Grosso e o Pará, e o da BR-386 no Rio Grande do Sul. A falta de interesse do governo federal, aliado ao prolongamento da crise política e a postura conservadora do Bndes, que está deixando de ser um banco de desenvolvimento, afastam a possibilidade de investimento e a possibilidade de o Brasil construir uma rota de saída da crise.
As crises política e econômica se retroalimentam desde 2013 no Brasil, com pequenas variações no grau de protagonismo de cada uma delas. As consequências disso no cotidiano do setor produtivo são cada vez mais alarmantes. Para quem segue pensando em soluções para alavancar o desenvolvimento do País é triste ver o planejamento em infraestrutura bater cabeça, enquanto o custo logístico da produção brasileira vai às alturas, tornando nossa economia menos competitiva no cenário internacional. Apenas para citar casos recentes, a União apresentou dois projetos de concessões com flagrantes problemas de concepção técnica: o da BR--163, entre o Mato Grosso e o Pará, e o da BR-386 no Rio Grande do Sul. A falta de interesse do governo federal, aliado ao prolongamento da crise política e a postura conservadora do Bndes, que está deixando de ser um banco de desenvolvimento, afastam a possibilidade de investimento e a possibilidade de o Brasil construir uma rota de saída da crise.
Conforme estudos da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), para cada R$ 1 bilhão investido em infraestrutura, são gerados 36 mil postos de trabalho. É inadmissível que a taxa de investimentos do Brasil no setor esteja aquém de Peru, Chile e de um conjunto de países emergentes que aportam cerca de 4% do PIB, enquanto a nossa média recente é de 2%. Investimos pouco e mal. Esta também é a realidade de estados e municípios, que não têm capacidade de elaboração de bons projetos, pecam pela ausência de planejamento e falta de conhecimento técnico para estruturação de parcerias com a iniciativa privada.
O cenário político e econômico exige soluções inovadoras e ousadas. Sólidas do ponto de vista de enfrentamento da realidade e adequadas a um programa emergencial de investimento para a superação da crise. Estruturação de fundos a partir de recebíveis de entes federados, concessões e PPPs, desde que socialmente justas e economicamente viáveis, são o caminho curto para investimentos do setor privado nesta agenda de infraestrutura, para que cenas como a da BR-163, ou os municípios sem acesso asfáltico, a ausência de duplicações e a não utilização de hidrovias aqui no RS, deixem de ser rotinas.
Consultor e ex-secretário de Infraestrutura/RS
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO