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Internacional

- Publicada em 25 de Junho de 2017 às 16:16

Proibida, parada LGBT é contida pela polícia em Istambul

Forças impediram o acesso de participantes à avenida da cidade

Forças impediram o acesso de participantes à avenida da cidade


BULENT KILIC/BULENT KILIC/AFP/JC
A polícia turca impediu que as pessoas se reunissem em grande número para realização da Parada do Orgulho LGBT em Istambul neste domingo. A parada foi proibida pelo governo pelo terceiro ano seguido. As autoridades citam razões de segurança e ordem pública.
A polícia turca impediu que as pessoas se reunissem em grande número para realização da Parada do Orgulho LGBT em Istambul neste domingo. A parada foi proibida pelo governo pelo terceiro ano seguido. As autoridades citam razões de segurança e ordem pública.
Apesar da proibição, ativistas dos direitos dos gays, lésbicas, bissexuais e travestis, transexuais e transgêneros garantiram que fariam a marcha, com uma reunião das pessoas marcada para as 17h no horário local (11h em Brasília), na praça central de Taksim.
A proibição deste ano foi confirmada no sábado pelo governador de Istambul. Ele citou preocupações de segurança e "reações graves por diferentes segmentos da sociedade", uma vez que vários grupos nacionalistas e religiosos pediram o cancelamento da marcha.
As barricadas da polícia, os veículos de controle de distúrbios e os ônibus foram enviados para a área onde ativistas marcaram a parada. Mas os organizadores do evento disseram, em uma declaração, no domingo, que as ameaças em si deveriam ser tratadas em vez de limitar as manifestações.
A polícia estabeleceu pontos de controle na área, impedindo que grupos entrassem na avenida Istiklal e mandando voltar as pessoas que consideravam estarem associadas à marcha. Pelo menos uma centena de manifestantes se reuniram no vizinho distrito de Cihangir, batendo tambores e cantando slogans: "Não fique quieto, grite, existem gays!". A polícia também usou gás lacrimogêneo para dispersar multidões, e ativistas dizem que balas de plástico foram usadas.
Ao contrário de outros países muçulmanos, a homossexualidade não é um crime na Turquia. No entanto, ativistas LGBTs dizem que não têm direito a proteções e enfrentam o estigma social generalizado na nação que é fortemente influenciado por valores conservadores e religiosos.
De acordo com o governo de Istambul, a parada foi proibida para manter a ordem pública e para a segurança dos participantes e turistas, acrescentando que a área em torno da praça central de Taksim, onde a marcha começa, não foi designada para eventos.
Por mais de uma década, as autoridades turcas permitiram que as marchas do Orgulho LGBT ocorressem. Até 2010, as pessoas participaram da parada de Istambul, mas a polícia turca dispersou as multidões do evento em 2015 e 2016, usando métodos de controle de motim.
 
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