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Internacional

- Publicada em 08 de Junho de 2017 às 15:08

Ex-diretor do FBI reforça tese de que Trump tentou obstruir a Justiça

'Não há dúvidas' de que Moscou buscou interferir, declarou Comey

'Não há dúvidas' de que Moscou buscou interferir, declarou Comey


MARK WILSON/MARK WILSON/AFP/JC
Em depoimento aguardado desde sua demissão, há um mês, o ex-diretor do FBI (Polícia Federal norte-americana) James Comey disse ao Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, nesta quinta-feira, que interpretou como uma "orientação" a frase do presidente Donald Trump de que esperava que ele "deixasse de lado" a investigação sobre o ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn. Durante a audiência, republicanos tentaram pressionar Comey para que ele dissesse que não houve especificamente uma ordem para encerrar a investigação - o que poderia ser visto como uma tentativa de obstrução de Justiça, crime passível de impeachment.
Em depoimento aguardado desde sua demissão, há um mês, o ex-diretor do FBI (Polícia Federal norte-americana) James Comey disse ao Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, nesta quinta-feira, que interpretou como uma "orientação" a frase do presidente Donald Trump de que esperava que ele "deixasse de lado" a investigação sobre o ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn. Durante a audiência, republicanos tentaram pressionar Comey para que ele dissesse que não houve especificamente uma ordem para encerrar a investigação - o que poderia ser visto como uma tentativa de obstrução de Justiça, crime passível de impeachment.
Ao ser questionado se Trump pediu para interromper as investigações sobre a possível influência da Rússia nas eleições de 2016, ele disse que não, mas afirmou que "não tem dúvidas" de que Moscou tentou interferir, embora acredite que nenhum voto foi alterado à época. Além disso, admitiu ter ficado "surpreso" com as justificativas da Casa Branca para sua demissão e que elas seriam "puras e simples mentiras". Na época, Trump sugeriu que o FBI estava "um caos". Ele acredita ter sido demitido devido às investigações sobre ligações da Rússia com o governo, especificamente com o então conselheiro Flynn.
Comey garantiu que Trump nunca perguntou sobre mais nenhuma investigação do FBI, com exceção do caso Flynn. Segundo o ex-diretor, em um jantar em janeiro, o presidente questionou se ele gostaria de continuar no trabalho, o que o deixou "surpreso e perturbado". "Senti que Trump queria que eu fizesse algo para continuar no cargo", declarou. "Ele me pediu lealdade. Jamais alguém pediu isso a mim como diretor do FBI."
O ex-diretor relatou que foi chamado para uma conversa privada na qual o presidente teria sugerido que ele interrompesse as investigações sobre as relações de Flynn com a Rússia. Segundo Comey, o pedido foi "perturbador" e ele não soube como reagir. No entanto, ao ser questionado se Trump pediu especificamente para "interromper" as investigações, Comey disse que não, que não viu como uma ordem. "Acredito que Trump queria que eu interrompesse as investigações, mas levei o comentário como uma sugestão e não o fiz", disse.
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