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Internacional

- Publicada em 05 de Junho de 2017 às 15:25

Nações árabes rompem relações com o Catar

Arábia Saudita deu 14 dias para que cidadãos catarianos saiam do país

Arábia Saudita deu 14 dias para que cidadãos catarianos saiam do país


FAYEZ NURELDINE/FAYEZ NURELDINE/AFP/JC
A decisão de quatro nações árabes, Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Egito, de cortar relações com o Catar atingiu o ponto mais alto de anos de tensões entre a aliança histórica dos estados ricos em energia do Golfo Pérsico que compartilham fronteiras, heranças e uma forte aliança com os Estados Unidos.
A decisão de quatro nações árabes, Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Egito, de cortar relações com o Catar atingiu o ponto mais alto de anos de tensões entre a aliança histórica dos estados ricos em energia do Golfo Pérsico que compartilham fronteiras, heranças e uma forte aliança com os Estados Unidos.
A medida reflete um descontentamento antigo pelo apoio do Catar a grupos islamitas que são considerados terroristas por outras nações árabes, assim como no aumento da rivalidade entre a Arábia Saudita e o Irã. O impacto que essa cisão terá sobre o Catar, onde está localizada a principal base militar dos Estados Unidos usada para lançar ataques aéreos sobre o Estado Islâmico (EI), depende das próximas medidas que serão tomadas. Segundo analistas, a recente visita do presidente norte-americano, Donald Trump, à Arábia Saudita deu força para a posição dos países árabes de maioria sunita contra o Irã.
O Catar é um país pequeno, mas importante, pois nele encontra-se a base aérea al-Udeid, dos EUA, que serve como principal ponto de lançamentos de mísseis da coalizão liderada pelos norte-americanos contra o EI no Iraque e na Síria. Além disso, o Catar é o principal produtor de gás natural liquefeito e compartilha um vasto território subaquático com o Irã.
O país também tem papel importante na articulação com grupos que outros governos evitam dialogar, como militantes xiitas do Iraque e grupos ligados à Al-Qaeda, e foi mediador nas negociações entre o Taliban e o governo do Afeganistão. Além disso, deu apoio à Irmandade Muçulmana no Egito, assim como grupos islamitas na região, como o Hamas, que controla a Faixa de Gaza. 
Como consequência dessas medidas, a economia do Catar pode sofrer a longo prazo, uma vez que as ações devem afetar milhões de trabalhadores, imigrantes e expatriados que vivem entre esses países. A Arábia Saudita concedeu 14 dias para que os residentes do Catar saiam do país e ordenou que os cidadãos sauditas não residam, visitem ou passeiem pela nação vizinha.
Outra consequência é que Emirados Árabes Unidos, Egito, Bahrein e Arábia Saudita já suspenderem as relações diplomáticas com o Catar, que está retirando suas tropas da guerra no Iêmen, liderada pelos sauditas. O Catar nega apoiar grupos terroristas na Síria ou em outras regiões, apesar dos repetidos esforços para apoiar grupos rebeldes sunitas que lutam para acabar com o governo sírio de Bashar al-Assad.
Até o momento, o Catar não se mostrou disposto a dialogar com os vizinhos. O emir do país pode retaliar as medidas ao pedir para sair do Conselho de Cooperação do Golfo, composto por seis nações, além de refazer alianças estratégicas para tentar isolar a Arábia Saudita.
 
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