A polícia britânica informou ontem os nomes de dois dos três terroristas responsáveis pelo atentado de sábado em Londres. Os extremistas são Khuram Butt, de 27 anos, e Rachid Redouane, de 30 anos. As autoridades disseram que ainda estão trabalhando para identificar o terceiro suspeito.
Butt era um cidadão britânico nascido no Paquistão que vivia no bairro de Barking, na zona Leste de Londres. Ele era conhecido pelas autoridades e apoiava o grupo islamita britânico al-Muhajiroun. Já Redouane não era conhecido pela polícia e dizia ter nacionalidades líbia e marroquina.
No ataque de sábado à noite, os terroristas, que vestiam coletes com explosivos falsos, atropelaram pedestres com uma van na ponte de Londres, ponto turístico da capital britânica, e depois esfaquearam clientes no mercado de Borough, a alguns metros dali.
Os terroristas foram mortos pela polícia no local. A ação, reivindicada pela organização terrorista Estado Islâmico, deixou um saldo de sete mortos e ao menos 48 feridos.
O ataque foi o terceiro a atingir o Reino Unido em pouco mais de dois meses, após um incidente semelhante na ponte de
Westminster, em 22 março, e o atentado que matou 22 pessoas em um show da cantora pop Ariana Grande em Manchester, Norte da Inglaterra, menos de duas semanas atrás.
Em meio às ameaças à segurança, o Reino Unido terá eleições gerais na quinta-feira. Após breve interrupção, a campanha foi retomada ontem. De acordo com especialistas, o ataque não deve influenciar o resultado do pleito, mesmo que a primeira-ministra Theresa May esteja sendo pressionada pela oposição, dias antes da eleição.
O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou que May não está talhada para lidar com a segurança nacional e com o processo de saída do país da União Europeia, conhecido como Brexit. Corbyn criticou a primeira-ministra por seu papel no corte de pessoal da polícia durante sua gestão como secretária do Interior e pediu que ela deixe o governo.